“Não nasci na família por acaso”, diz Maria Victória sobre vida pública

A deputada estadual Maria Victoria (PP) disse que é um orgulho continuar o legado da família na política paranaense. A declaração foi feita durante a série de entrevista com os pré-candidatos à Prefeitura de Curitiba nesta sexta-feira (24).

“Legado de boa política, que começou com meu avô, Silvio Barros, depois meu pai, Ricardo Barros, e minha mãe, Cida Borghetti. Não nasci nessa família por acaso. Tenho, sim, uma responsabilidade muito grande de dar continuidade a esse bom trabalho. A minha missão é de servir as pessoas, fui criada para isso”, argumentou.

Para a deputada estadual, a “única maneira de transformação na vida das pessoas é a política” e para ela é bom ter bons exemplos na família. “Quantos filhos de médicos seguem os passos dos pais? A minha missão é a política, ajudar as pessoas é muito gratificante.”

Em relação às propostas como pré-candidata, Maria Victoria falou sobre o déficit de 7,6 mil vagas em creches de Curitiba. Para ela, uma alternativa seria parceria com instituições de ensino privadas. “Hoje temos no partido a maior bancada do Brasil de deputado federais. Nós temos um excelente canal para buscar recursos em Brasília. Podemos fazer parcerias público-privadas, comprar vagas em creches, para acabar com essa alta demanda”, explicou.

A deputada estadual também falou sobre a inclusão de língua estrangeira na grade curricular de crianças na Primeira Infância, até os seis anos. Para ela, a falta de vagas não exclui a melhoria no ensino. “Enquanto temos falta de vagas, nós temos muitas crianças já estudando. Não podemos esperar para melhorar a qualidade do ensino para quando a demanda for completa (…) o CMEI é fundamental para que as mulheres possam trabalhar.”

No que se refere a educação e a violência contra a mulher, Maria Victoria acredita que o ensino é o responsável pela mudança da sociedade. “Por acreditar que é através da educação, de entender a médio-prazo essa nova geração, vai entender que a violência contra a mulher é crime. É muito mais fácil começar o ensinamento do respeito cedo.”

Já sobre o transporte coletivo, a pré-candidata vetou a tarifa zero e justificou que não promete aquilo que não tem certeza que vai cumprir. “A tarifa zero é algo que já acontece no Brasil, mas em cidades com menos de 300 mil habitantes. Curitiba é muito grande, custaria em torno de R$ 1 bilhão para realizar e eu não poderia fazer esse compromisso. Mas é claro, se houver um sistema único de mobilidade, seria uma grande salvação. Através de recurso da União, Estado e Município. Dessa forma, sim, poderia ser reduzida a tarifa”, argumentou.

“Nosso plano de governo é oferecer a sabadeia e domingueira, além do VLT na Avenida das Torres, e utilizar os ônibus como forma de publicidade. Com a arrecadação conseguiremos diminuir as tarifas no final de semana (…) as pessoas querem viver a cidade, o curitibano gosta de lazer e merece. Esse subsidio é importante para fomentar a economia, o comércio, e isso acaba indiretamente gerando mais renda e lucro para a cidade.”

Outro ponto abordado foi o ‘ponto de ônibus seguro’. Segundo a proposta, nos pontos mais desertos da cidade um equipamento seria instalado, com câmera noturna, conexão com a internet e microfone. “Permite que a mulher que se sente em risco faça contato com uma central. É uma inovação que já funciona em outros estados e podemos com certeza implementar em Curitiba.”

Por fim, na área da saúde, Maria Victoria sugere a medicina preventiva como aliada na fila de espera por consultas e procedimentos. “Nós temos hospitais referência, corpo clínico importante e podemos utilizá-los para fazer parcerias, para de forma mais rápida conseguirmos diminuir essa fila de espera. Sabemos que as consultas especializadas são importantes e através de convênios podemos fazer mutirões de consultas e cirurgias. Nós precisamos mudar essa cultura e começar a financiar a saúde através da medicina preventiva.”

Entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura de Curitiba

A série de entrevistas do Paraná Portal, em parceria com a BandNews Curitiba, começou com Beto Richa (PSDB), seguido por Luciano Ducci (PSB), Ney Leprevost (União Brasil), Goura (PDT) e Eduardo Pimentel (PSD). Já a segunda semana de conversa iniciou com Luizão Goulart (Solidariedade), seguido por Zeca Dirceu (PT) e Andrea Caldas. Hoje, fechando a semana, é a vez de Maria Vitória (PP).