Política
Sade garante isenção no julgamento de Moro
(Foto: Divulgação/TRE-PR)

Sade garante isenção no julgamento de Moro

Julgamento do senador está marcado para o início de abril.

Vinicius Cordeiro - quinta-feira, 7 de março de 2024 - 18:30

O jurista José Rodrigo Sade garantiu isenção no julgamento que pode levar à cassação do senador Sergio Moro (União), marcado para o início de abril. Desembargador eleitoral, Sade tomou posse ontem (6) como membro efetivo da Corte do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná).

Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Sade trabalhava em um escritório de advocacia e já atuou como advogado de Deltan Dallagnol (Novo), pré-candidato a prefeito de Curitiba e ex-coordenador da Lava Jato.

“Seria impedimento se eu tivesse atendido o próprio réu do processo. Não me sinto em nada impedido para julgar essa ação com toda a isenção que ela merece, como qualquer outra ação do tribunal”, disse Sade.

“Já tinha lido um pouco do processo antes e agora vou dedicar somente a isso até o dia do julgamento”, completou.

JULGAMENTO DE MORO

Moro é alvo de duas ações, protocoladas pelo PT e pelo PL, que correm unificadas na Justiça Eleitoral. Os partidos acusam o ex-juiz federal de abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

Em dezembro, ao acolher parcialmente as denúncias, o Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) emitiu parecer favorável à cassação do senador.

Quando estava no Podemos, Moro realizou atos de pré-campanha para concorrer à Presidência da República. Depois, o ex-juiz se filiou ao União Brasil, para tentar uma vaga ao Senado.

Somando os gastos de Podemos e União Brasil, o senador ultrapassou o teto de gastos para a campanha ao Congresso, estipulado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em R$ 3,176 milhões.

Caso o senador seja cassado no TRE, ainda cabe recurso no TSE.

NOVA ELEIÇÃO PARA SENADOR NO PARANÁ

Caso Moro seja cassado, uma nova eleição para ocupar a vaga no Senado será convocada em caráter suplementar.

Nomes como o ex-deputado federal Paulo Martins, o deputado federal licenciado Ricardo Barros, atual secretário estadual da Indústria e do Comércio, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-governador Roberto Requião; o deputado estadual Requião Filho e o líder do PT na Câmara Federal, deputado Zeca Dirceu, são cotados para a eventual eleição.

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