TSE homologa lista tríplice para desembargador do TRE-PR
Devido à falta de quórum no TRE-PR, o julgamento do senador Sergio Moro foi suspenso.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou a lista tríplice dos indicados ao cargo de desembargador do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) e enviou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá escolher e nomear um dos nomes indicados.
Graciane Aparecida do Valle Lemos, José Rodrigo Sade e Roberto Aurichio Junior concorrem à vaga do juiz Tiago Paiva dos Santos, que deixou a Corte na semana passada.
Devido à falta de quórum no TRE-PR, o julgamento do senador Sergio Moro foi suspenso.
A data inicial seria no dia 8 de fevereiro, mas a indefinição fez com que o desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do TRE-PR,
“Temos que aguardar os trâmites. Primeiro que o TSE homologue o nome dos três candidatos, o presidente da República escolher o nome e o nosso regimento interno exige que haja uma posse desse novo jurista que venha integrar a Corte. Como esse rito é impossível de ser seguido até quinta-feira, temos que aguardar a nomeação e a posse. Então fica suspenso, só vai ser designada a data quando houver esse trâmite”, explicou o presidente do TRE-PR, em entrevista ontem (1).
JULGAMENTO DE MORO NO TRE
Moro é alvo de duas ações, protocoladas pelo PT e pelo PL, que correm unificadas na Justiça Eleitoral. Os partidos acusam o ex-juiz federal de abuso de poder econômico nas eleições de 2022.
Em dezembro, ao acolher parcialmente as denúncias, o Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) emitiu parecer favorável à cassação do senador.
Quando estava no Podemos, Moro realizou atos de pré-campanha para concorrer à Presidência da República. Depois, o ex-juiz se filiou ao União Brasil, para tentar uma vaga ao Senado.
Somando os gastos de Podemos e União Brasil, o senador ultrapassou o teto de gastos para a campanha ao Congresso, estipulado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em R$ 3,176 milhões.
Caso o senador seja cassado, uma nova eleição para ocupar a vaga no Senado será convocada em caráter suplementar. Após o julgamento, no TRE, ainda cabe recurso ao TSE.
NOVA ELEIÇÃO PARA SENADOR
Caso Moro seja cassado, uma nova eleição para ocupar a vaga no Senado será convocada em caráter suplementar.
Nomes como o ex-deputado federal Paulo Martins, o deputado federal licenciado Ricardo Barros, atual secretário estadual da Indústria e do Comércio, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-governador Roberto Requião; o deputado estadual Requião Filho e o líder do PT na Câmara Federal, deputado Zeca Dirceu, são cotados para a eventual eleição.