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Guaranho teve braço quebrado em prisão de Foz do Iguaçu, diz defesa
(Reprodução/Redes sociais)

Guaranho teve braço quebrado em prisão de Foz do Iguaçu, diz defesa

Os advogados já entraram com pedido para que ele retorne ao CMP (Complexo Médico Penal)

Vinicius Cordeiro - sexta-feira, 5 de abril de 2024 - 14:44

O ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda em uma discussão política, teve um braço quebrado na prisão que estava em Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná, na madrugada desta sexta-feira (5).

A informação foi divulgada pelos advogados de defesa, Samir Mattar Assad e Werbevan Castro, que concederam entrevista em frente à Cadeia Pública Laudemir Neves. Eles não disseram se o ferimento foi feito em um ataque de outro preso.

“Temos poucas informações. Encontramos a ambulância do Siate levando ao hospital para que pudesse receber atendimento médico. Fica uma sensação que querem matar o Guaranho antes do júri. A gente tem plena convicção não tem a mínima condição de manter ele aqui. Não se trata somente da segurança, mas da integridade física e médica”, disse Assad em entrevista coletiva.

A defesa de Guaranho disse que ele ficou sem atendimento por cerca de 12 horas. Os advogados já entraram com pedido para que ele retorne ao CMP (Complexo Médico Penal), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde Guaranho estava detido desde agosto de 2022.

O ex-policial penal foi transferido para Foz para a realização do júri. Mesmo com o adiamento do julgamento após a sessão ser suspensa com menos de uma hora de duração, o juiz Hugo Michelini determinou que ele ficasse em Foz do Iguaçu até o julgamento.

A data prevista para o início do julgamento é no dia 2 de maio.

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Advogados deixando o júri. (Foto: Colaboração)

A sessão estava marcada para ontem (5), em Foz do Iguaçu após ser adiada em dezembro de 2023. No entanto, um novo adiamento foi forçado.

O juiz Hugo Michelini não atendeu o pedido de adiamento da defesa do réu e a equipe de defesa abandonou o plenário.

A defesa de Guaranho pediu adiamento do julgamento por cerceamento de defesa, falta de acesso ao processo, além de alegar que uma das testemunhas não foi encontrada.

O MPPR (Ministério Público do Paraná) sustenta que o assassinato teve motivação política, fato contestado pela defesa. Guaranho alega que a morte de Arruda aconteceu por uma “discussão banal”.

Guaranho foi denunciado por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum – já que os disparos foram feitos em um salão e poderiam ter acertado outras pessoas. O crime aconteceu em julho de 2022, durante a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo Arruda.

RELEMBRE A MORTE DE MARCELO ARRUDA

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Marcelo Arruda (esq.) e Jorge Guaranho.(Reprodução/Redes sociais)

Conforme as investigações, o então policial penal Jorge Guaranho invadiu a comemoração da festa de 50 anos de Marcelo Arruda, guarda municipal e ex-tesoureiro do PT, e iniciou uma discussão. Na sequência, foi embora. Depois de 10 minutos, ele voltou ao local armado e disparou contra o petista.

Marcelo foi socorrido, mas morreu horas depois. O assassino também foi baleado durante a troca de tiros e agredido por convidados. Ele ficou internado por um mês e foi preso na sequência. Ele está no Complexo Médico Penal, na grande Curitiba, desde agosto de 2022.

No dia 19 de março deste ano, Jorge Guaranho foi demitido da Polícia Penal. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, entendeu que a conduta de Guaranho foi violenta, ofensiva e incompatível com a moralidade administrativa, além de afrontar gravemente os valores institucionais da atividade policial.

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