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Júri de Jorge Guaranho é adiado para 2 de maio
Reprodução/Facebook

Júri de Jorge Guaranho é adiado para 2 de maio

Equipe de defesa do réu abandonou o Plenário

Mirian Villa - quinta-feira, 4 de abril de 2024 - 10:05

O júri do ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, foi adiado para 2 de maio. O juiz não atendeu o pedido de adiamento da defesa do réu e a equipe abandonou o plenário.

A defesa de Guaranho, que é comandada por Samir Mattar Assad, pediu adiamento do julgamento por cerceamento de defesa, falta de acesso ao processo, além de alegar que uma das testemunhas não foi encontrada.

Momento que a equipe de defesa do réu abandonou o Plenário (Colaboração)

A sessão estava marcada esta quinta-feira, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, após ser adiada em dezembro de 2023. O MPPR (Ministério Público do Paraná) sustenta que o assassinato teve motivação política.

Guaranho foi denunciado por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum – já que os disparos foram feitos em um salão e poderiam ter acertado outras pessoas. O crime aconteceu em julho de 2022, durante a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo Arruda.

Nesta semana, antes do julgamento do ex-policial penal, o advogado da família Arruda, Rogério Botello, disse concordar com o MPPR sobre a motivação política. Entretanto, a defesa de Guaranho discorda. Para Samir Mattar Assad, uma discussão banal terminou no assassinato do guarda-municipal.

Relembre o caso

Conforme as investigações, o ex-policial penal invadiu a comemoração iniciando uma discussão. Na sequência, foi embora. Depois de 10 minutos, ele volta ao local, desta vez armado, e dispara contra o guarda municipal.

Marcelo foi socorrido, mas morreu horas depois. O assassino também foi baleado durante a troca de tiros e agredido por convidados. Ele ficou internado por um mês e foi preso na sequência. Ele está no Complexo Médico Penal de Piraquara, na grande Curitiba, desde agosto de 2022.

No dia 19 de março deste ano, Jorge Guaranho foi demitido. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, entendeu que a conduta de Guaranho foi violenta, ofensiva e incompatível com a moralidade administrativa. Além de afrontar gravemente os valores institucionais da atividade policial.

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