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Guaranho teve queda na cela, afirma Deppen; defesa diz estar ‘indignada’
(Reprodução/Redes sociais)

Guaranho teve queda na cela, afirma Deppen; defesa diz estar ‘indignada’

Advogados de defesa afirmam estar ‘absolutamente indignados’.

Vinicius Cordeiro - sexta-feira, 5 de abril de 2024 - 19:15

O ex-policial penal Jorge Guaranho teve uma queda na cela durante o banho, o que causou a fratura no braço e o encaminhamento ao Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná. Esse foi o posicionamento da Polícia Penal do Paraná (Deppen).

Guaranho está sob custódia desde agosto de 2022, após ser acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda em uma discussão política.

De acordo com a Polícia Penal do Paraná, Guaranho está em uma cela individual na Cadeia Pública Laudemir Neves. 

“A equipe de plantão acionou o SIATE que fez o atendimento e o encaminhamento ao hospital do município, onde foi constatada a fratura em um dos braços da referida PPL. Vale ressaltar que Guaranho estava e permanece alojado em cela individual na unidade penal”, apontou o Deppen.

DEFESA DE GUARANHO DIZ ESTAR INDIGNADA E TENTA VER CLIENTE EM FOZ

Os advogados de defesa de Guaranho estavam na frente da Cadeia Pública Laudemir Neves em busca de ver o cliente. Samir Mattar Assad e Werbevan Castro afirmam que não medirão esforços para garantir a saúde do ex-policial

“A defesa se encontra absolutamente indignada com os fatos que ocorreram dentro da Cadeira Pública de Foz do Iguaçu. Ele permaneceu por um ano e oito meses custodiado no CMP. Durante todo esse período, ele não teve nenhum tipo de incidente ou qualquer tipo de lesão. Em apenas um dia de custódia, acabou se lesionando e precisando de intervenção hospitalar”, disse Assad.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DO DEPPEN

A Polícia Penal do Paraná informa que JORGE GUARANHO, atualmente recolhido na Cadeia Pública Laudemir Neves de Foz do Iguaçu, solicitou atendimento médico nesta sexta-feira (05) devido a uma queda em sua cela durante o banho.

A equipe de plantão acionou o SIATE que fez o atendimento e o encaminhamento ao hospital do município, onde foi constatada a fratura em um dos braços da referida PPL.

Vale ressaltar que Guaranho estava e permanece alojado em cela individual na unidade penal.

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Advogados deixando o júri. (Foto: Colaboração)

sessão estava marcada para ontem (5), em Foz do Iguaçu após ser adiada em dezembro de 2023. No entanto, um novo adiamento foi forçado.

O juiz Hugo Michelini não atendeu o pedido de adiamento da defesa do réu e a equipe de defesa abandonou o plenário.

A defesa de Guaranho pediu adiamento do julgamento por cerceamento de defesa, falta de acesso ao processo, além de alegar que uma das testemunhas não foi encontrada.

O MPPR (Ministério Público do Paraná) sustenta que o assassinato teve motivação política, fato contestado pela defesa. Guaranho alega que a morte de Arruda aconteceu por uma “discussão banal”.

Guaranho foi denunciado por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum – já que os disparos foram feitos em um salão e poderiam ter acertado outras pessoas. O crime aconteceu em julho de 2022, durante a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo Arruda.

RELEMBRE A MORTE DE MARCELO ARRUDA

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Marcelo Arruda (esq.) e Jorge Guaranho.(Reprodução/Redes sociais)

Conforme as investigações, o então policial penal Jorge Guaranho invadiu a comemoração da festa de 50 anos de Marcelo Arruda, guarda municipal e ex-tesoureiro do PT, e iniciou uma discussão. Na sequência, foi embora. Depois de 10 minutos, ele voltou ao local armado e disparou contra o petista.

Marcelo foi socorrido, mas morreu horas depois. O assassino também foi baleado durante a troca de tiros e agredido por convidados. Ele ficou internado por um mês e foi preso na sequência. Ele está no Complexo Médico Penal, na grande Curitiba, desde agosto de 2022.

No dia 19 de março deste ano, Jorge Guaranho foi demitido da Polícia Penal. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, entendeu que a conduta de Guaranho foi violenta, ofensiva e incompatível com a moralidade administrativa, além de afrontar gravemente os valores institucionais da atividade policial.

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