Política
TRE forma maioria contra a cassação do senador Sergio Moro
(Jefferson Rudy/Agência Senado)

TRE forma maioria contra a cassação do senador Sergio Moro

O placar está favorável a Moro por 4 votos a 2.

Vinicius Cordeiro - terça-feira, 9 de abril de 2024 - 18:18

A maioria dos desembargadores do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) votaram contra a cassação do senador Sergio Moro (União), acusado de abuso econômico e caixa dois. O julgamento deve ser encerrado ainda nesta terça-feira (9), com a manifestação do presidente do Tribunal, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson.

O placar está favorável a Moro por 4 votos a 2. Resta o voto do desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, que está fazendo a manifestação no início desta noite.

Na tarde desta terça-feira (9), o desembargador Anderson Ricardo Fogaça acompanhou a posição dos colegas Claudia Cristofani e Guilherme Denz, que votaram ontem, e do desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza.

Carrasco, que é o relator do caso no TRE, votou na semana passada e afirmou que o PT busca “impedir a vida política” do ex-juiz da Lava Jato.

Antes de Fogaça, o desembargador Julio Jacob Junior se manifestou pela cassação e inelegibilidade de Moro até 2030, assim como fez o desembargador José Rodrigo Sade, que também votou na semana passada.

PROCESSOS CONTRA MORO DEVEM IR DO TRE AO TSE

Apesar do julgamento de Moro no TRE, ainda cabe recurso ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – tanto para o senador como para a acusação. 

Vale lembrar, por exemplo, que o ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), teve vitória por 6 votos a 0 no TRE, mas acabou sendo cassado no TSE.

Ou seja, a decisão final da cassação, ou não, de Moro acontecerá no TSE.

Moro é alvo de duas ações no TRE-PR, tendo sido acusado por abuso político econômico, além de caixa dois uso indevido dos meios de comunicação social, durante a pré-campanha das Eleições 2022. Os processos foram abertos pelo PL (Partido Liberal) e o PT (Partido dos Trabalhadores) e unificados pela Justiça Eleitoral.

Além de Moro, os suplentes Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, também são alvos dos processos que apontam “desequilíbrio eleitoral”.

NOVA ELEIÇÃO PARA SENADOR

Caso Moro seja cassado no TSE, uma nova eleição para ocupar a vaga no Senado será convocada em caráter suplementar. A possibilidade movimenta os partidos desde o fim do ano passado.

Nomes como o ex-deputado federal Paulo Martins, o deputado federal licenciado Ricardo Barros, atual secretário estadual da Indústria e do Comércio, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-governador Roberto Requião; o deputado estadual Requião Filho e o líder do PT na Câmara Federal, deputado Zeca Dirceu, são cotados para a eventual eleição.

Veja como foi a sessão desta terça (9) no julgamento de Moro:

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