Moro: Partidos recorrem ao TSE contra absolvição do senador
O julgamento do TRE-PR teve placar de 5 a 2 favorável à absolvição de Moro.
O PL (Partido Liberal) e o PT (Partido dos Trabalhadores) protocolaram os recursos contra a decisão do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), que absolveu o senador Sergio Moro (União Brasil) nas acusações de abuso econômico e caixa dois.
O julgamento do TRE-PR aconteceu no início deste mês e acabou com placar de 5 a 2 a favor da absolvição de Moro.
O PL e o PT, que encabeça a federação formada junto com o PV e PC do B, apelam agora ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O prazo para o recurso encerrava às 23h59 desta segunda-feira (23), sendo que os partidos protocolaram por volta das 23h30.
Na avaliação do PL, o julgamento do TRE-PR sobre Moro conta com “fragilidades e falhas”. Segundo o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do processo, foi “condescendente” com Moro.
JULGAMENTO DO TSE
Se a decisão do TRE-PR na última instância, o senador Sergio Moro pode ter o mandato cassado e se tornar inelegível até 2030.
Os partidos que acusam Moro de desequilíbrio na corrida eleitoral de 2022 acreditam na cassação de Moro após o TSE cassar o mandado do então deputado federal Deltan Dallagnol, que havia tido vitória por 6 a 0 no julgamento do TRE.
Ainda não há data para julgamento do TSE sobre o processo contra Moro, mas a expectativa é que isso aconteça em agosto.
Isso significa que a composição do TSE não será a mesma do que é hoje. Vale lembrar que o ministro Alexandre de Moraes, atual presidente do TSE, vai deixar a Corte em junho. André Mendonça, vai assumir uma cadeira enquanto a ministra Cármen Lúcia, atual vice, vai passar a exercer a presidência do TSE.
NOVA ELEIÇÃO PARA SENADOR
Caso Moro seja cassado no TSE, ele ficará será nova eleição para ocupar a vaga no Senado será convocada em caráter suplementar. A possibilidade movimenta os partidos desde o fim do ano passado.
Nomes como o ex-deputado federal Paulo Martins, o deputado federal licenciado Ricardo Barros, atual secretário estadual da Indústria e do Comércio, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-governador Roberto Requião; o deputado estadual Requião Filho e o líder do PT na Câmara Federal, deputado Zeca Dirceu, são cotados para a eventual eleição.
DO QUE MORO É ACUSADO
Moro é alvo de duas ações por abuso político e econômico, além de caixa dois e uso indevido dos meios de comunicação social, durante a pré-campanha das Eleições 2022. Os processos foram abertos pelo PL (Partido Liberal) e o PT (Partido dos Trabalhadores) e unificados pela Justiça Eleitoral.
Além de Moro, os suplentes Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, também são alvos dos processos que apontam “desequilíbrio eleitoral”.