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Deputado do Paraná é investigado por suposta ação falsa da Polícia Civil
(Foto: Orlando Kissner/Alep)

Deputado do Paraná é investigado por suposta ação falsa da Polícia Civil

Outros deputados estão acompanhando os desdobramentos.

Vinicius Cordeiro - segunda-feira, 25 de março de 2024 - 19:44

O deputado estadual Delegado Tito Barrichello (União Brasil), do Paraná, é investigado por uma suposta ação falsa em nome da PCPR (Polícia Civil do Paraná) na semana passada. O caso foi enviado para a Corregedoria Geral da corporação.

Na quinta-feira (21), um vídeo divulgado nas redes sociais mostrava o parlamentar com fuzil e usando um colete à prova de bala. Tito falava que estava cumprindo um mandado de prisão.

“Estamos trabalhando porque buscamos o cumprimento de um mandando de prisão, especificamente relacionando a um grande advogado de Curitiba que foi vítima de uma tentativa de homicídio. Infelizmente até agora não encontramos o investigado, mas não vamos desistir”, falou ele ao lado da esposa, a delegada Tathiana Guzella.

Segundo a polícia, Guzella também está afastada das ações por estar atuando como secretária parlamentar.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (25), a corporação informou que o delegado-geral Silvio Jacob Rockembach esclarece que o deputado esteve em seu gabinete na manhã da sexta-feira (22).

“Durante a conversa, Rockembach informou que o caso seria encaminhado à Corregedoria Geral da PCPR para análise e apuração e que aquele tipo de ação não contava e não contaria com o aval da Instituição”, diz a polícial.

Além disso, a PCPR ressaltou que o delegado-geral nunca falou que ações como aquela poderiam ser realizadas sob quaisquer condições.

DEPUTADO MERECE APLAUSOS, DIZ ADVOGADO

(Reprodução/Redes sociais)

O advogado Jeffrey Chiquini, que atua na defesa do deputado Tito Barrichello, afirma que não foi uma operação policial porque não houve prisões e nem busca domiciliar, além das vestimentas e equipamentos serem particulares.

“Não há de se falar em operação policial. Tem um parlamentar, eleito pelo povo, exercendo seu direito de representar o povo. Foi até o local para averiguar a veracidade das informações. Querem distorcer a realidade para imputar fato criminoso onde não há. O deputado delegado Tito Barrichello merece aplausos”, diz o advogado em vídeo nas redes sociais.

POLÍCIA DISSE QUE NENHUMA OPERAÇÃO TINHA ANUÊNCIA DA CORPORAÇÃO

Em posicionamento na última sexta-feira, a Polícia Civil já havia se posicionado que o delegado Tito Barrichello está em licença para exercício do mandato parlamentar.

Além disso, os outros dois envolvidos na ação estão à disposição de outros órgãos. Sendo assim, nenhum deles atua “em nome da PCPR. Nenhuma das ‘operações’ realizadas era de conhecimento ou possuía a anuência da Polícia Civil”.

DEPUTADOS DO PARANÁ PEDEM PROVIDÊNCIAS SOBRE O CASO

Os deputados que integram o bloco PT-PDT da Assembleia Legislativa do Paraná anunciaram hoje que “seguem acompanhando os desdobramentos” e que vão “adotar todas as medidas cabíveis, em âmbito administrativo e judicial, visando uma investigação completa e a devida responsabilização dos envolvidos”.

Assinam a nota os deputados Professor Lemos (PT), líder do bloco PT-PDT, e Requião Filho (PT), líder da Oposição na Alep. Além deles, também estão na ação os parlamentares Ana Júlia (PT), Arilson Chiorato (PT), Dr. Antenor (PT), Goura (PDT), Luciana Rafagnin (PT) e Renato Freitas (PT).

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