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Valeu 2022 e VIVA (do verbo viver) 2023!
Foto: Reprodução/Unsplash License

Valeu 2022 e VIVA (do verbo viver) 2023!

Que saibamos agradecer por todos os momentos proporcionados por 2022 e que vivamos intensamente o ano que está chegando. Viva e viva muito 2023!

Daiana Allessi - quinta-feira, 29 de dezembro de 2022 - 09:00

E o final do ano chegou! Muito mais acelerado do que de costume para os quase 365 dias intensos, desafiadores e muitas vezes caóticos que todos vivemos. 

E não posso finalizar 2022 sem um texto sincero, talvez um pouco trivial, mas repleto de gratidão. E, é com esse sentimento que pretendo chegar à meia noite do dia 31 de dezembro e fazer com que 2023 reflita um ser humano grato e feliz.

Parei para pensar na loucura que este ano foi e não consegui ordenar muito meus pensamentos. Ouso escrever sobre minha narrativa pessoal, mas que na medida exata vai tocar seu coração pois todas e cada uma de nós vivenciamos o inexplicável nesse ano que está às vésperas de terminar.

Particularmente elegi a GRATIDÃO como sentimento que define a montanha russa de acontecimentos e de sentimentos que me acompanharam nos últimos meses. E, assim como uma amiga especial me disse, na maioria dos loopings dessa montanha russa eu estava sem cinto, e não cai porque tinha outras tantas pessoas queridas sentadas ao meu lado, na frente e atrás, sem cinto também, e que no intuito de salvarem-se da queda, me salvaram também.

Sinto gratidão pelos “nãos” recebidos, pelos ditos e por tantos “sins” que edificaram meus sonhos para 2023 e ainda que de maneira sutil, elevaram muitas pessoas na busca por seus objetivos para o ano que se avizinha.

Gratidão pelos projetos concretizados, pelas aprovações, pela oportunidade de escrever semanalmente essa coluna, pelas frustrações que me fortaleceram e sobretudo pelo discernimento de me sentir uma pessoa real em um mundo tão caótico e virtualmente falso.

Que 2023 nos traga serenidade e, acima de tudo, coragem para sermos quem quisermos ser, desde que esse “ser” seja inclusivo e gentil e que sejamos afastados de todo pensamento ruim, maledicência e inveja. Que sejamos reais em uma realidade tão fugaz e baseada em “likes” e visualizações.

Que 2023 desabroche a nossa melhor versão! Que nos traga sabedoria para dar valor ao que não tem preço e que nossos discursos morais estejam sempre colados em nossas práticas sociais.

Que vivamos nossa melhor versão!

Para todos e todas vocês deixo minha gratidão e o desejo de que 2023 seja sensacional, e que, independente do que vier, estejamos preparados para fazer e sentir o que realmente nos justifica enquanto seres humanos – VIVER!

O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.
O que Deus quer é ver a gente
aprendendo a ser capaz
de ficar alegre a mais,
no meio da alegria,
e inda mais alegre
ainda no meio da tristeza!
A vida inventa!
A gente principia as coisas,
no não saber por que,
e desde aí perde o poder de continuação
porque a vida é mutirão de todos,
por todos remexida e temperada.
O mais importante e bonito, do mundo, é isto:
que as pessoas não estão sempre iguais,
ainda não foram terminadas,
mas que elas vão sempre mudando.
Afinam ou desafinam. Verdade maior.
Viver é muito perigoso; e não é não.
Nem sei explicar estas coisas.
Um sentir é o do sentente, mas outro é do sentidor.”

(João Guimarães Rosa (1908-1967), escritor brasileiro. O texto é um trecho do romance Grande Sertão Veredas)


Daiana Allessi é mãe, esposa, advogada, professora e pesquisadora sobre gênero e direitos das mulheres.

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