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Para resgatar ou tirar um morador de rua tem que combinar com o MP e os russos

Para resgatar ou tirar um morador de rua tem que combinar com o MP e os russos

Como jornalista, acompanho o trabalho de gestor público do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, há mais de 40 anos. Sei de sua paixão pela cidade, a qual a defende como uma leoa luta por seus filhotes em perigo. A cada dia busca inovações para melhorar a cidade e o bem-estar dos curitibanos. É por isso […]

Pedro Ribeiro - quinta-feira, 11 de janeiro de 2024 - 10:13

Como jornalista, acompanho o trabalho de gestor público do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, há mais de 40 anos. Sei de sua paixão pela cidade, a qual a defende como uma leoa luta por seus filhotes em perigo. A cada dia busca inovações para melhorar a cidade e o bem-estar dos curitibanos. É por isso que sua aceitação como prefeito ultrapassa os 80% nas pesquisas de opinião pública, o que o credencia a alcançar seu sonho maior que é governar o Estado. Nesta quarta-feira, 10, publiquei uma nota mostrando um lado sombrio de uma das melhores cidades do mundo para se morar e viver: o grande número de moradores de rua no anel central da cidade e no seu entorno. É trágico. O prefeito não respondeu à nota diretamente ao autor, mas usou as redes sociais e justificou o problema ao jornalista e professor, Waldir Cruz, que repercutiu as minhas observações. Greca disse: “ligue 156 para resgate social, 190 para patrulha da Policia Militar, 153 para defesa social. Podem vir ser voluntários na FAS (Fundação de Ação Social da Prefeitura de Curitiba) ou requerer a Defensoria Pública, prestando atenção no direito de ir e vir”. Embora tenha sua assinatura no Facebook, não acredito que tenha sido o próprio prefeito que escreveu, porque seria mais contundente do que informar o que todos já sabem e também porque, em minha nota, eu deixei bem claro que isto trata-se de um problema do Ministério Público, pois a Prefeitura de Curitiba não pode, simplesmente, pegar moradores de rua ou mendigos e colocar em um veículo para levar a um abrigo. O morador de rua, segundo a lei, aceita ou não ser atendido e sei que a FAS  tem cumprido seu papel de diálogo, inclusive de prestar assistência de saúde e alimentação. A nota, no entanto, senhor prefeito, tem como objetivo fazer um alerta para que Curitiba não seja, dentro em breve, a cidade número um do Brasil em moradores de rua. Hoje já é a quarta.

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