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Deltan Dallagnol desiste de recorrer ao STF: ‘não reconheço’
Gabriel Ribeiro/CMPA

Deltan Dallagnol desiste de recorrer ao STF: ‘não reconheço’

Ex-coordenador da Lava Jato em Curitiba avalia não ter chances de reverter cassação do mandato e diz que não reconhece as decisões atuais da maioria do STF

Angelo Sfair - segunda-feira, 18 de setembro de 2023 - 20:45

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) informou nesta segunda-feira (18) que desistiu de recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que o afastou da Câmara dos Deputados.

Dizendo não reconhecer as atuais decisões tomadas pela maioria do STF, o advogado ainda fez críticas diretas a alguns ministros, como Gilmar Mendes e Dias Toffoli. O ex-procurador ainda os responsabilizou pela “morte da Lava Jato”.

“No STF, eu seria julgado pelos mesmos ministros que cassaram meu mandato em um exercício de futurologia”, disse o ex-deputado, reconhecendo as chances mínimas de reverter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

Ex-coordenador da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, Deltan foi o candidato a deputado federal mais votado no Paraná nas Eleições 2022, com 344 mil votos.

DELTAN DALLAGNOL CASSADO

Deltan Dallagnol teve o registro de candidatura anulado pelo TSE em 16 de maio. Na semana passada, a Corte Eleitoral concluiu o julgamento do recurso do apelante, mantendo a decisão inicial.

Na ocasião, prevaleceu o voto do relator Benedito Gonçalves, que também negou o pedido por um novo julgamento. Segundo o ministro, as razões apresentadas pela defesa “demonstram meramente inconformismo” com a decisão do plenário.

O Tribunal Superior Eleitoral entendeu que o ex-procurador da República burlou a Lei da Ficha Limpa ao pedir exoneração do Ministério Público Federal com reclamações disciplinares pendentes de julgamento.

A decisão foi comunicada à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que cassou a diplomação do político. A cadeira dele foi ocupada pelo primeiro suplente do Podemos, o economista Luiz Carlos Hauly.

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