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Defesa desiste de recurso e Jorge Guaranho deve ir a Júri Popular

Defesa desiste de recurso e Jorge Guaranho deve ir a Júri Popular

Acusado pela morte do petista Marcelo Arruda, Jorge Guaranho deve responder por homicídio duplamente qualificado. Ainda não há data para o julgamento

Redação - sexta-feira, 28 de abril de 2023 - 19:02

Acusado pela morte do petista Marcelo Arruda, Jorge Guaranho deve ir a júri popular por homicídio duplamente qualificado. A defesa do policial penal federal desistiu do recurso que havia protocolado no Tribunal de Justiça do Paraná nesta sexta-feira (28).

Com a medida, a decisão do juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, que determinou o julgamento no Tribunal do Júri em dezembro do ano passado, permanece. Ainda não há data para o julgamento, mas o advogado da família de Arruda, Daniel Godoy, espera que ocorra ainda em 2023. “Esperamos que seja feita justiça e que seja célere. Aguardamos que este júri seja apregoado ainda neste ano para que possamos virar o ano com esta decisão condenatória em desfavor daquele que está sendo acusado de assassinato no principal crime político acontecido nos últimos anos no Brasil”.

Jorge Guaranho está preso desde agosto de 2022 no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A defesa já tentou converter a prisão em domiciliar, mas teve o pedido negado.

PETISTA MORTO

Marcelo Aloízio Arruda foi assassinado no dia 9 de julho, durante a própria festa de aniversário de 50 anos. De acordo com a Polícia Civil do Paraná, Jorge Guaranho estava em uma confraternização, onde ingeriu bebidas alcoólicas e ficou sabendo da realização de uma festa na ARESF (Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu), cujo salão estava decorado com balões vermelhos e imagens do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o inquérito policial, ele foi até o local “para provocar”. Dentro do carro dele, era tocada uma música de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), quando foi iniciada uma discussão entre ele e o petista. Guaranho teria apontado uma arma para a vítima e, em resposta, o aniversariante jogou terra contra ele e o carro dele. O policial penal deixou o local, mas retornou, disparando contra Marcelo Arruda, que chegou a revidar, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo a PCPR, não houve motivação política para a prática do crime. O indiciamento foi por motivo torpe e perigo comum. No entanto, a denúncia apresentada pelo Ministério Público aponta a divergência política como motivação.
 

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