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Caso Maria Leticia: Conselho de Ética da Câmara retoma depoimentos
Foto: Reprodução/marialeticia.com.br

Caso Maria Leticia: Conselho de Ética da Câmara retoma depoimentos

A parlamentar virou alvo de um processo ético disciplinar após se envolver em um acidente de carro no fim do ano passado.

Rafael Nascimento - sexta-feira, 15 de março de 2024 - 11:15

O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba retoma, nesta sexta-feira (15), os depoimentos no processo que investiga a possível quebra de decoro parlamentar da vereadora Maria Letícia (PV).

A parlamentar virou alvo de um processo ético disciplinar após se envolver em um acidente de carro no fim do ano passado. Ela acabou presa por embriaguez ao volante e desacato na oportunidade.

Os depoimentos na Casa começaram no último dia 4. No mesmo dia, os vereadores quebraram o sigilo do processo e o relator, Professor Euler (MDB), indeferiu um pedido de arquivamento.

A expectativa é que um total de onze testemunhas sejam ouvidas, sendo sete da defesa e quatro da acusação. Apenas uma delas participou da última oitiva. Maria Letícia também deverá ser ouvida na Câmara, após o encerramento dos depoimentos.

Relembre o caso

A vereadora Maria Leticia Fagundes (PV) foi presa e encaminhada para a delegacia após se envolver em um acidente de carro, na noite de 25 de novembro do ano passado, em Curitiba. De acordo com a polícia, a parlamentar dirigia embriagada e ainda teria desacatado os policiais militares do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) durante o atendimento da ocorrência.

Maria Leticia teria batido o carro dela, um SUV de luxo, em um veículo que estava estacionado na Alameda Augusto Stellfeld, na região do bairro Bigorrilho. Ninguém se feriu.

Após o acidente, ela teria se recusado a fazer o teste do etilômetro. A vereadora foi levada pelos policiais até a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), da Polícia Civil.

O presidente da Câmara, Marcelo Fachinello (Pode), determinou à Corregedoria que abrisse uma sindicância para apurar a autoria e a materialidade dos acontecimentos imputados à parlamentar. No dia 15 de janeiro, o corregedor Ezequias Barros confirmou o envolvimento da parlamentar na colisão e opinou que há indícios de ofensa ao Código de Ética.

O caso, então, foi enviado pela Mesa Diretora da CMC ao Conselho de Ética, por unanimidade entre os votantes. Na representação, os fatos sob investigação foram tipificados previamente como graves, podendo até caracterizar quebra de decoro, por direção sob efeito de substância, suposta tentativa de evadir-se do local da ocorrência e desacato à autoridade policial, nos termos do Boletim de Ocorrência feito pelos policiais militares que atenderam o acidente de trânsito.

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