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Petrobras vai reativar fábrica de fertilizantes na Grande Curitiba
Planta, situada em Araucária, está hibernada desde 2020
A Petrobras aprovou, em reunião nesta quinta-feira (6), o retorno das atividades operacionais da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), na região metropolitana de Curitiba. O local está hibernado desde 2020 porque a “planta dava prejuízos desde que foi adquirida, em 2013”.
Com a decisão, a companhia autoriza também que a Ansa celebre acordo e efetue a contratação dos antigos empregados, condicionada à homologação do acordo pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho). A previsão é que a operação seja reiniciada no segundo semestre de 2025.
Tanto os acordos trabalhistas quanto a realização das licitações e contratações ficaram condicionados a uma nova deliberação da Diretoria Executiva, quando os procedimentos estiverem definidos.
Diante da revisão das diretrizes estratégicas da companhia aprovadas no ano passado, o investimento na produção de fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras, conforme plano Estratégico 2024 – 2028.
Fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados (Ansa)
Situada ao lado da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), a Araucária Nitrogenados S.A (Ansa) possui capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia e 475 mil toneladas/ano de amônia, além de 450 mil m³/ano do agente redutor líquido automotivo (ARLA 32).
A Ansa é a única fábrica de fertilizantes do país que usa como matéria-prima o resíduo asfáltico. A planta é uma subsidiária da Petrobras, com autonomia estatutária e personalidade jurídica distinta, patrimônio e gestão próprios, adquirida da Vale Fertilizantes S.A.
Paralisação das atividades
A Petrobras aprovou a hibernação da fábrica de fertilizantes de sua subsidiária Araucária Nitrogenados em janeiro de 2020, gerando a demissão de 396 empregados. Segundo a empresa, a unidade vinha apresentando recorrentes prejuízos, com perdas de cerca de R$ 250 milhões entre janeiro e setembro de 2019.
Na época, a Petrobras explicou que a matéria-prima utilizada na fábrica (resíduo asfáltico) estava mais cara do que seus produtos finais (amônia e ureia). A empresa informou que não conseguiu vender a fábrica e decidiu que a unidade permaneceria hibernada “em condições que garantam total segurança operacional e ambiental, além da integridade dos equipamentos”.