Ministério recomenda testes rápidos para diagnosticar dengue
Especialista esclarece dúvidas
Para ajudar no diagnóstico de casos de dengue, o Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de testes rápidos. O país vive uma epidemia da doença, com mais de um milhão de infectados, segundo a pasta. Mesmo que a modalidade acelere a confirmação da doença, o resultado pode ser de um falso negativo.
“Esses testes não são novidade, existem há mais de 20 anos, mas, assim como o de covid, não são 100% precisos. A vantagem desse teste rápido é a ampla disponibilidade e a rapidez no resultado, que fica pronto em minutos. A desvantagem é a imprecisão, pois ele não é tão sensível e, às vezes, entrega um falso negativo como resultado. Entretanto, se o paciente apresenta sintomas da dengue, não vai deixar de ser tratado por ter um resultado negativo”, explica o infectologista e professor de Medicina da Universidade Positivo, Marcelo Ducroquet.
No teste rápido, basta colocar uma gota de sangue no dispositivo. Depois de alguns minutos, a fita do exame muda de cor se o resultado for positivo.
“A recomendação é confirmar com exames de sangue que vão para o laboratório. Ainda assim, esses testes são úteis, pois nem sempre a dengue vai ser a primeira hipótese. Para a população é ótimo, pois têm uma informação a mais com esse teste, ajudando a diagnosticar e melhorar o tratamento dos pacientes, deixando o tratamento mais sofisticado”, complementa.
A procura por testes para a dengue teve alta de 900% na rede particular, no mês de fevereiro em comparação com janeiro. É isso que aponta o levantamento do Lanac, o Laboratório de Análises Clínicas.