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Estudo avalia sequelas da Covid-19 em cinco cidades paranaenses

Estudo avalia sequelas da Covid-19 em cinco cidades paranaenses

Levantamento é promovido pelo Ministério da Saúde

Larissa Biscaia - sexta-feira, 15 de março de 2024 - 13:51

Cinco cidades paranaenses vão participar da segunda fase de coleta de dados de um estudo nacional para avaliar as sequelas do coronavírus. A “Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil” é coordenada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde e teve início nesta semana. 

Até o final do mês, as equipes realizarão visitas domiciliares e entrevistas com 1250 participantes de Curitiba, Guarapuava, Maringá, Londrina e Ponta Grossa. Em todo o país, serão ouvidas 33 mil pessoas que tiveram a doença, em 133 municípios. O objetivo é reunir informações que vão orientar a criação de políticas públicas voltadas para o tratamento de sequelas da doença.

“A Epicovid 2.0 faz parte do trabalho de fortalecimento do monitoramento da Covid-19, que o Ministério da Saúde vem realizando desde maio de 2023”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel.

A pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, em 2020 e 2021. Para isso, equipes de entrevistadores vão visitar as residências para ouvir os moradores sobre questões centradas em pontos como: vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os efeitos da doença sobre o cotidiano.

Todos os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio. Somente uma pessoa por residência responderá ao questionário. 

A Organização Mundial da Saúde estima que 20% dos infectados desenvolvem as chamadas condições pós-covid, entre necessidade de atendimento neurológico, fisioterápico ou psicológico. 

Entrevistadores identificados

Todas as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde em pregão eletrônico. Os profissionais estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA.

Primeiras fases do estudo

Entre 2020 e 2021, o Epicovid-19 serviu para traçar um retrato da pandemia que auxiliou cientistas e autoridades em saúde pública a compreender melhor os efeitos e a disseminação do coronavírus no país. Entre as principais conclusões, o estudo apontou que a quantidade de pessoas infectadas naquele momento era três vezes maior que os dados oficiais, com os 20% mais pobres tendo o dobro de risco de infecção em relação aos 20% dos brasileiros mais ricos. 

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