Economia
Planos de saúde: operadoras têm lucro de R$ 3 bilhões em 2023
Foto: Arquivo/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Planos de saúde: operadoras têm lucro de R$ 3 bilhões em 2023

O levantamento foi divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Rafael Nascimento - sexta-feira, 19 de abril de 2024 - 08:17

As operadoras de plano de saúde registraram lucro líquido de R$ 3 bilhões no ano passado. O levantamento foi divulgado ontem (18) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com base nos dados econômico-financeiros relativos ao quarto trimestre de 2023.

O resultado, conforme o órgão nacional, é o melhor registrado no período pós-pandemia. Nos números agregados por segmento, as administradoras de benefícios registraram lucro de R$ 406,4 milhões; as operadoras exclusivamente odontológicas, de R$ 652,8 milhões; e as médico-hospitalares, de R$ 1,93 bilhões.

Ainda conforme a ANS, o lucro líquido de R$ 3 bilhões no acumulado de 2023 equivale a aproximadamente 1% da receita total acumulada no período, que foi superior a R$ 319 bilhões. Ou seja, para cada R$ 100 de receitas, o setor auferiu cerca de R$ 1 de lucro ou sobra.

As operadoras médico-hospitalares, que são o principal segmento do setor, fecharam com resultado operacional negativo acumulado no ano de R$ 5,9 bilhões. Entretanto, o resultado do quarto trimestre isolado é o melhor de um trimestre desde 2021.

Esse prejuízo operacional foi compensado pelo resultado financeiro recorde de R$ 11,2 bilhões, através principalmente da remuneração das aplicações financeiras, que acumularam, ao final do período, quase R$ 111 bilhões.

“A recuperação está acontecendo, os resultados são melhores do que o que foi projetado para o setor. Se em 2022 foi registrado prejuízo na casa de 530 milhões no segmento médico-hospitalar, 2023 já trouxe lucro de 1,9 bilhão. Inclusive, poderíamos até mesmo ter números melhores, mas houve ajustes contábeis significativos em operadoras maiores que tiveram impacto nos resultados gerais. Contudo, é preciso ter uma visão mais ampla do cenário. Temos acompanhado atentamente certas dificuldades na gestão das operadoras. Por isso reforçamos que é necessária uma revisão do modelo de gerenciamento e de atendimento, para que elas possam entregar melhores serviços com melhor aproveitamento de todos os seus recursos. Não é uma fórmula fácil, mas as operadoras precisam buscar equacioná-la”, avalia o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino.

*Com informações da Agência Brasil.

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