Tributar agricultura é aumentar a fome do brasileiro, afirma Meneguette
Ao analisar a reforma tributária, aprovada na Câmara Federal, o setor agropecuário paranaense pondera que há pontos positivos e pleitos a serem atendidos.
Presidente do Sistema Faep-Senar, Ágide Meneguette, manifesta preocupação com itens da reforma tributária.
Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná – SistemaFaep-Senar), Ágide Meneguette, a reforma tributária, aprovada pela Câmara dos Deputados, tem pontos positivos e pleitos que não foram atendidos pelo setor e que agora dependem do Senado Federal. “De um modo geral, a reforma apresentada é positiva e o setor agropecuário teve grande parte de suas demandas atendidas”, disse.
Entre as reivindicações do setor, que contratou um escritório de advocacia especializado para avaliar todos os pontos da reforma tributária, estão a simplificação de tributo e 60% de desconto em relação à alíquota padrão, além do fim da bitributação (cobrança de imposto sobre imposto).
Meneguette manifestou preocupação rem relação à reforma tributária com penalizações aos produtores. Entre elas, a de que o Senado pensa em passar ao produtor toda a responsabilidade pela comercialização dos produtos agrícolas. “Se isto acontecer, será um caos, pois os produtores não têm infraestrutura e logística para comercializar as safras”, disse.
A reforma não pode prejudicar o agronegócio, disse Meneguette, ponderando que a agropecuária é uma indústria a céu aberto, que usa alta tecnologia mundial e que merece apoio governamental e não penalizações, com aumentos de tributos e custo da produção.
“Tributar a agricultura é aumentar a fome do brasileiro”, disse Meneguette em entrevista à CBN Rural Maringá.
