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Nossas rodovias viraram campo de guerra manchado de sangue. Que Deus nos ajude!

Nossas rodovias viraram campo de guerra manchado de sangue. Que Deus nos ajude!

As rodovias paranaenses se transformaram em um campo de guerra manchado de sangue. A morte, nesta segunda-feira (01), do colega fotógrafo Chunite Kawamura (Tribuna do Paraná), que teve seu automóvel prensado por um caminhão no contorno Sul de Curitiba, mostra mais um cenário triste desta tragédia anunciada. Todos os dias os veículos de comunicação anunciam […]

Pedro Ribeiro - segunda-feira, 1 de abril de 2024 - 21:30

As rodovias paranaenses se transformaram em um campo de guerra manchado de sangue. A morte, nesta segunda-feira (01), do colega fotógrafo Chunite Kawamura (Tribuna do Paraná), que teve seu automóvel prensado por um caminhão no contorno Sul de Curitiba, mostra mais um cenário triste desta tragédia anunciada. Todos os dias os veículos de comunicação anunciam acidentes trágicos em nossas rodovias que, em 2023 registram 6.830 acidentes com a morte de 560 pessoas.

“Os caminhões que descem a BR-277 em direção ao Porto de Paranaguá estão com capacidade de tonelagens acima do permitido e não existem mais balanças de pesagem, ou de controle. Os motoristas barbarizam, com excesso de velocidade, rodam pela pista do lado esquerdo e não respeitam veículos menores. Não há consciência, não existe fiscalização, não temos policiamento, desabafa o deputado estadual, Luiz Cláudio Romanelli.

Nosso grupo – perto de 70 jornalistas – que discute vários assuntos no dia a dia – passou esta segunda-feira lamentando a morte do colega e de milhares de outras vítimas fatais em estradas paranaenses. “São milhares de mortos e mutilados todos os anos em acidentes causados por motoristas bêbados, drogados ou por falta de manutenção dos carros/caminhões e ninguém é responsabilizado criminalmente ou preso”, lamentou uma jornalista do grupo.

“O que tem me chamado a atenção é o tamanho dos caminhões nas estradas. Além da grande quantidade, a maioria agora é bitrem, 30 metros de comprimento. Há um controle sobre isso, peso dessas carretas? Os caminhoneiros, cada vez mais loucos, trocam de faixa sem sequer olhar pelo espelho retrovisor. Tentam ultrapassar e, por estarem muito pesados, acabam causando mais transtornos, com filas intermináveis. Viajo para Santa Catarina todo fim de semana e fico impressionada com o que vejo. Está muito perigoso. Se nada mudar, as famílias não poderão mais sair para as estradas”, disse uma outra colega..

“Foi preso o cara o responsável pela morte do jornalista? Quantos motoristas envolvidos em acidentes  com veículo pesado respondem por tentativa de homicídio nas estradas?  A sensação é que mandam nas estradas e se algum governo cobrar param o país”, questionou outra jornalista que tem medo de viajar nas estradas.

Romanelli, crítico do pedágio e, principalmente, do péssimo estado das nossas rodovias, manifesta indignação pela falta de fiscalização nas rodovias. “Nossas estradas estão literalmente largadas, abandonadas e com um mínimo de policiais rodoviários para fazerem fiscalização. Os postos da Polícia Rodoviária Estadual  foram reduzidos e o policiamento minguado. Portanto, perdemos o controle”, disse.  

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