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A bala de prata de Bolsonaro e seguidores vem das Forças Armadas

A bala de prata de Bolsonaro e seguidores vem das Forças Armadas

A expectativa da chamada “resistência civil” bolsonarista é a divulgação, hoje, 9, do relatório das Forças Armadas sobre as eleições.

Pedro Ribeiro - quarta-feira, 9 de novembro de 2022 - 10:50

“Há um naco de esperança”, disse um amigo bolsonarista que faz vigília em frente ao Quartel do Exército no Bacacheri. Ele, a exemplo de outros que fazem parte da chamada “resistência para enxotar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva”, acredita que, hoje, 09 de maio de 2022, as Forças Armadas divulgam o relatório das eleições que apontam, segundo a expectativa, fraudes nas eleições.

O Ministério da Defesa deve entregar nesta quarta-feira o relatório com suas conclusões. O próprio presidente Jair Bolsonaro, entrincheirado no Palácio do Alvorada, acredita – ou tem informações privilegiadas – que o dossiê dos militares pode alterar o jogo. “Brevemente teremos as consequências do que está acontecendo”, disse ele.

Segundo informações publicadas no Estadão, o Comando do Exército não tem intenção de questionar o resultado das urnas, mas deve apresentar ressalvas, como a de que nenhum sistema informatizado está 100% blindado e precisa de aprimoramento. 

É neste ponto que Bolsonaro se apega e propaga, via redes sociais a seus seguidores, a informação de que o risco de fraude é “quase zero, mas não é zero”. 

Esta seria a “bala de prata” do bolsonarismo para tentar reverter a eleição que sacramentou Lula como Presidente da República. 

Para o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, esse é um problema da Justiça Eleitoral. Os militares dizem ver seu papel como o de uma entidade fiscalizadora do processo apenas para aperfeiçoar a segurança dos pleitos. O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, reiterou por diversas vezes que a função das Forças Armadas era de contribuir para melhorar o processo de votação.

Já o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou dois relatórios e descartou qualquer irregularidade na votação e apuração deste ano.

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