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SUS passará a ter prontuário eletrônico hospitalar

SUS passará a ter prontuário eletrônico hospitalar

A medida deve unificar e informatizar os serviços hospitalares de forma ainda mais qualificada, com acesso ao registro prévio do paciente atendido, permitindo a continuidade do cuidado.

Redação - sexta-feira, 14 de julho de 2023 - 09:14

A rede de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde) passará a ter prontuário eletrônico hospitalar gratuito. A nova ferramenta será disponibilizada por meio de um acordo de cooperação técnica entre os ministérios da Saúde e da Educação.

Conforme o Ministério da Saúde, a medida deve unificar e informatizar os serviços hospitalares de forma ainda mais qualificada, permitindo o uso do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU)em todas as demais instâncias especializadas de média e alta complexidade do SUS.

A ferramenta já é utilizada nos 41 hospitais universitários federais geridos pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e deve, ainda, apoiar a gestão assistencial e de suprimentos das unidades, além de integrar os dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

O acordo entre as pastas foi assinado nesta quinta-feira (13). 

“Educação e saúde para reconstruir o Brasil, esse é o sentimento. Essa tecnologia agora será disseminada, pois vamos fazer a saúde digital ser um instrumento fundamental no SUS. Não é uma política definida em gabinete, essa pactuação foi feita com estados e municípios, pois quem faz saúde na ponta é que precisa definir conosco. Nos últimos anos não houve diálogo, mas agora há união, pois não há política pública sem ouvir a todos”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

A utilização do aplicativo nos hospitais especializados do SUS deve começar em outubro de 2023. Antes, um comitê vai trabalhar na elaboração do documento que detalha a estratégia de capacitação e elaboração de conteúdo norteador para os entes envolvidos.

Prontuário eletrônico hospitalar no SUS

Neste novo cenário, os profissionais de saúde vão ter acesso ao registro prévio do paciente atendido na rede hospitalar (consultas, internações, medicações prescritas e retiradas, resultados de exames), permitindo a continuidade do cuidado

Com a entrada das informações dos hospitais, a Rede Nacional de Dados em Saúde será fortalecida, ampliando as condições para a tomada de decisão, a partir do histórico clínico, além de permitir que mais informações sejam disponibilizadas aos cidadãos por meio do ConecteSUS.

“É possível prever uma economia para estados e municípios da ordem de R$3 bilhões, sendo R$2 bilhões nos próximos cinco anos relativos apenas ao custo de implantação de um sistema de gestão hospitalar, caso 3 mil hospitais façam adesão ao AGHU, além de, no campo da manutenção, economia de R$1 bilhão, em cinco anos, estimando a entrada de 600 hospitais por ano”, detalhou o presidente da Ebserh, Arthur Chioro.

A ferramenta é voltada para a gestão hospitalar com foco no paciente, sendo adotada como padrão para todas as unidades da Rede Ebserh. Trata-se de um sistema dividido em módulos como internação, registro do atendimento ambulatorial, estoque com rastreabilidade, exames, cirurgias, prontuário eletrônico e outros.

Atualmente, este é o maior sistema hospitalar público do Brasil, com uma base de 25 milhões de pacientes, 83 mil usuários cadastrados apenas na Rede Ebserh.

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