Quadrilha ligada ao tráfico de animais silvestres via Correios é alvo de operação no Paraná

Uma quadrilha ligada ao tráfico de animais silvestres é alvo de uma operação policial na manhã desta segunda-feira (26), em municípios do Paraná e em Santa Catarina. O grupo criminoso possuía ramificações no exterior e enviava os animais via Correios e aplicativos de entrega, conforme a Polícia Civil.

Equipes das polícias Militar, Civil e Científica, do Instituto Água e Terra, da Prefeitura de Curitiba e do Criadouro Onça Pintada participam da ação, que cumpre 11 mandados de prisão temporária e outros 13 de busca e apreensão.

Os investigados estão em Curitiba e nos municípios metropolitanos de Araucária, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Colombo e Campina Grande do Sul, além de Matinhos, no Litoral do Estado, e em Joinville, em Santa Catarina.

Criminosos negociavam animais silvestres e exóticos por aplicativos de mensagens

A quadrilha é investigada pela Polícia Civil desde junho do ano passado. No decorrer das apurações, a corporação descobriu que os animais silvestres e exóticos eram anunciados e negociados por meio de grupos em aplicativos de mensagens.

“Os criminosos chefiavam 27 grupos de aplicativos de mensagens destinados exclusivamente ao tráfico dos animais silvestres e exóticos, além de integrarem dezenas de outros grupos que continham mais de 20 mil membros em todo o território nacional, com conexões internacionais no Paraguai e Venezuela”, detalha a PCPR.

Ainda conforme as investigações, o grupo enviava os animais para todo o Brasil, por meio dos Correios e aplicativos de transporte de passageiros e de cargas.

O pagamento pelo crime ambiental, por sua vez, era realizado em contas bancárias de laranjas, inclusive de pessoas que já faleceram.

Dentre os crimes investigados estão tráfico de animais, falsificação de documento público, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Em nota, os Correios afirmaram que trabalham em parceria com os órgãos de segurança e fiscalização para coibir o tráfego de itens proibidos. Muitas das apreensões realizadas são resultado do processo de fiscalização realizado pelos Correios. Quando a empresa identifica itens suspeitos, os órgãos de segurança e fiscalização são acionados. 

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