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Quadrilha que hackeou e furtou recursos de prefeitura do Paraná é alvo de operação
Foto: Divulgação/PF

Quadrilha que hackeou e furtou recursos de prefeitura do Paraná é alvo de operação

Mais de R$ 6,5 milhões foram desviados dos cofres do município, conforme a PF.

Rafael Nascimento - quarta-feira, 3 de abril de 2024 - 08:00

Uma quadrilha que hackeou e furtou recursos da Prefeitura de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais do Estado, é alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (3). Mais de R$ 6,5 milhões foram desviados dos cofres do município, conforme a PF.

Além da cidade paranaense, a Caixa Econômica Federal também foi vítima do crime cibernético.

De acordo com as investigações, os crimonosos utilizavam técnicas avançadas de hackeamento e criaram um site falso para roubo de credenciais. Por meio desse site, eles induziram um servidor da Prefeitura de Telêmaco Borba a fornecer suas informações de login e senha, que foram posteriormente utilizadas para acessar o sistema GovConta do município.

“Com acesso às contas governamentais, os criminosos clonaram o perfil do servidor no aplicativo Whatsapp, utilizando engenharia social para se passar por ele. Então, entraram em contato com o gerente da Caixa Econômica Federal responsável pelas contas, autorizando transferências para empresas de fachada, como se fossem fornecedoras da Prefeitura”, explica a PF.

Ao todo, mais de R$ 6,5 milhões foram furtados da conta do município. Os criminosos, em seguida, distribuíram esses valores em diversas contas bancárias em nome de laranjas e converteram o dinheiro em criptomoedas.

Em posse do dinheiro público furtado, integrantes da quadrilha adquiriram bens de luxo e realizaram viagens caras, ainda conforme a PF.

A operação deflagrada pela Polícia Federal do Paraná tem alvos nas cidades de Brasília, Águas Lindas de Goiás (GO) e Santa Luzia (MG).

Ao todo, as equipes cumprem 75 ordens judiciais, sendo quatro mandados de prisão, 11 mandados de busca e apreensão, 51 mandados de sequestro, arresto e bloqueio, além de nove mandados de sequestro de criptoativos.

Foto: Divulgação/PF

A soma das penas, em caso de condenação chega a 30 anos, para os crimes de furto qualificado mediante fraude, invasão de dispositivo informático, lavagem de capitais e organização criminosa.

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