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Polícia levou três minutos após botão do pânico ser acionado na escola de Cambé

Polícia levou três minutos após botão do pânico ser acionado na escola de Cambé

Ainda segundo o coronel Hudson Teixeira, o autor dos disparos comprou, por R$ 4,5 mil, a arma usada no crime de forma ilegal, em Rolândia.

Vinicius Cordeiro - segunda-feira, 19 de junho de 2023 - 17:52

A Polícia Militar do Paraná (PM-PR) levou apenas três minutos para chegar ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, na região norte do Estado, onde um ex-aluno da instituição matou uma estudante de 17 anos a tiros e deixou outro gravemente ferido na manhã desta segunda-feira (19).

A informação é do secretário estadual de Segurança Pública, coronel Hudson Teixeira, em entrevista ao Paraná Portal.

“Ele queria vitimar o máximo de pessoas possível e estava com mais de 50 munições. Ele entrou no colégio com a história organizada na mente dele, para pedir o histórico escolar”, disse.

Ainda segundo o coronel Hudson Teixeira, o autor dos disparos comprou, por R$ 4,5 mil, a arma usada no crime de forma ilegal, em Rolândia, município da região norte do Paraná, que fica a cerca de 10 km de Cambé. 

BOTÃO DO PÂNICO

O botão do pânico foi um instrumento usado pelo governo estadual para aumentar a segurança no ambiente escolar. 

Vinculado ao 190, para acionar equipes de segurança em situações de emergência, deve ser integrado ao sistema do Registro de Classe Online (RCO), que já é usado pelos professores para controle de frequência e notas dos alunos, além dos planos de aula.

Essa foi uma das medidas anunciadas em um pacote de ações feitas pelo governo em abril deste ano, após o ataque a uma escola de Blumenau, em Santa Catarina. 

ATAQUE EM COLÉGIO DO PARANÁ

Segundo as informações do governo estadual, o ataque aconteceu no Colégio Estadual Professora Helena Kolody. Uma estudante morreu e outro aluno ficou gravemente ferido. O jovem foi encaminhado para a Santa Casa de Cambé e, na sequência, foi transferido para o Hospital Universitário da UEL.

O autor do atentado, um ex-aluno do colégio, de 21 anos, entrou armado na instituição alegando que solicitaria o histórico escolar. Na recepção, ele pediu para usar o banheiro, onde trocou de roupa e começou o ataque. O jovem teria efetuado, pelo menos, 12 disparos de arma de fogo.

O ataque aconteceu por volta das 9h30, momento em que os estudantes estavam em sala para a segunda aula da manhã. Com o barulho dos tiros, alunos se trancaram nas salas de aula ou procuraram abrigo nos banheiros.

O governador Ratinho Junior (PSD) afirmou que “a violência do brutal ataque em Cambé causa indignação e pesar” e decretou luto oficial de 3 dias.

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