Geral
Outono quente e chuvoso favorece alergias e doenças respiratórias; Saiba como prevenir

Outono quente e chuvoso favorece alergias e doenças respiratórias; Saiba como prevenir

O outono teve início na última sexta-feira (20) e com ele a temporada das alergias e doenças respiratórias. A estação é ..

Ana Cláudia Freire - terça-feira, 24 de março de 2020 - 07:30

O outono teve início na última sexta-feira (20) e com ele a temporada das alergias e doenças respiratórias. A estação é conhecida pelo agravamento de algumas doenças, mas é possível amenizar os impactos em nossa saúde tomando alguns cuidados diários.

Segundo o médico otorrinolaringologista e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo, Dr. Vinícius Ribas Fonseca, todas as medidas que já estão sendo amplamente divulgadas para a contensão da pandemia do coronavírus, também ajudam a conter a circulação das doenças típicas de outono e inverno.

“Vale lembrar que esses vírus são sazonais  e circulantes. As orientações que estão sendo passadas pra tentar manter a pandemia sob controle já vão ajudar bastante a conter  as viroses comuns, os rinoviroses, a influenza e outros tipos de vírus que tem maior prevalência durante o outono e o inverno”, afirma o especialista.

Ainda segundo o médico, o regramento social (isolamento e quarentena), o ato de lavar as mãos com frequência, proteção das vias aéreas durante as tosses e espirros, além das orientações para evitar o contato das mãos com as mucosas de nariz e olhos, são extremamente importantes não só para prevenir a Covid-19, como também para as doenças típicas de outono.

Conforme  o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), este será um outono com temperaturas relativamente altas, mas com bastante previsão de chuvas.

Segundo o meteorologista Reinaldo Kneib, o outono paranaense caracteriza-se pela grande variabilidade das chuvas, em sua maioria decorrentes da passagem de frentes frias: “Maio costuma ser mais chuvoso em comparação com abril e junho”, afirma.

A umidade favorece a proliferação de fungos nessa época do ano. Boa parte das alergias respiratórias estão relacionadas aos fungos e ácaros e por isso é necessário todo o cuidado na hora de retirar cobertas, mantas, cobertores e casacos que estão guardados há muito tempo. É importante fazer a lavagem e a limpeza desses itens antes de usá-los, bem como fazer em ambientes ventilados. A tendência é fechar portas e janelas durante dias mais chuvosos e frios, comportamento que deve ser evitado para conter a proliferação de fungos.

Ainda segundo o Simepar, a medida que o inverno se aproxima, as temperaturas diminuem progressivamente. A partir da segunda quinzena de abril, aumenta o risco climático de geadas. “A ocorrência de nevoeiros também é típica da estação, com intensidade e duração variando conforme o padrão de tempo predominante em cada região”, informa Kneib.

O Simepar informa ainda que ao longo dos próximos três meses devem ocorrer os chamados “veranicos” – períodos superiores a dez dias consecutivos sem chuvas.

Os veranicos ajudam na proliferação dos ácaros, que, em parte, são responsáveis pelas doenças alérgicas e respiratórias da estação. Vale a orientação, de nesse período de estiagem e tempo seco, procurar alternativas para umedecer o ambiente.

TENHO SINTOMAS, QUANDO IR AO MÉDICO? 

É possível que atravessemos os próximos meses com algum sintoma de gripe ou doença alérgica, nas vias respiratórias.

Conforme Dr. Vinícius é preciso levar em consideração o histórico clínico de cada paciente. É necessário fazer uma avaliação e uma relação entre o processo alérgico e o viral.

“Em geral, uma rinite ou uma alergia respiratória não tem sintomas de vírus, como as dores musculares, dores no corpo, de garganta. Em comparação com uma virose, o paciente não apresenta casos de febre alta, sintomas de gastroenterite e processos inflamatórios. A indicação é a de se manter em casa em casos de sintomas leves, tomando bastante líquido e limpando as narinas com soro fisiológico. O paciente só deve buscar ajuda médica em casos mais graves, evitando assim sobrecarregar o sistema de saúde em um período de crise, bem como se protegendo da exposição de doenças mais sérias como o coronavírus”, alerta o médico.

 

 

Compartilhe