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Ginecologista é preso em Maringá suspeito de abusar pacientes
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ginecologista é preso em Maringá suspeito de abusar pacientes

Os crimes aconteciam no consultório do profissional; até o momento são investigados oito casos

Angelo Sfair - terça-feira, 12 de março de 2024 - 12:34

*Angelo Sfair para BandNews Curitiba.

Um médico ginecologista foi preso preventivamente em Maringá, na região norte do Paraná, suspeito de abusar sexualmente as próprias pacientes. A prisão ocorreu nesta segunda-feira (11), na mesma data em que também foi cumprido um mandado de busca e apreensão.

Segundo a Polícia Civil, até o momento, foram identificadas oito vítimas. A expectativa é de que esse número cresça conforme as investigações avancem. Em depoimento, o médico negou as acusações e afirmou que não ficava sozinho com as pacientes. O inquérito tem prazo de 10 dias para ser concluído.

Por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, a delegada Paloma Gonçalves Batista, responsável pelas investigações, informou que foram apreendidos documentos e um gravador de vídeos digital no consultório médico. As primeiras denúncias começaram a ser investigadas oito meses atrás.

“Foi instaurado um inquérito pelo delito de violação mediante fraude, em que um profissional se aproveitava da profissão e valendo-se de fraude, ele praticava atos libidinosos contra as pacientes”, detalha.

Segundo o relato das vítimas à Delegacia da Mulher de Maringá, o ginecologista usava o pretexto de examinar as pacientes para esfregar o órgão genital no corpo delas. As apurações indicam que o ato criminoso durava de cinco a 10 minutos. “Ele já foi ouvido e em resumo, negou todos os fatos. Disse que é um profissional muito conceituado e durante toda a consulta e exames havia uma enfermeira acompanhando os exames.”

A delegada responsável pelas investigações relata, de acordo com o depoimento das vítimas, que o ginecologista agia de forma a ganhar a confiança das mulheres ao longo do tempo. Com o passar das visitas, elas se sentiam seguras e passavam a fazer as consultas desacompanhadas. Era nesse momento que aconteciam os abusos sexuais. Por enquanto, oito casos suspeitos são investigados pela Polícia Civil. O mais antigo aconteceu há 13 anos (2011). O mais recente é do ano passado (2023).

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