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Fenômeno El Ninõ está acabando, diz ONU
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Fenômeno El Ninõ está acabando, diz ONU

Retorno da La Niña deve acontecer até setembro

Mirian Villa - segunda-feira, 3 de junho de 2024 - 09:30

O fenômeno El Niño, responsável por alterar a umidade e as temperaturas, deve acabar em julho, segundo projeção da Organização Meteorológica Mundial, da ONU (Organizações das Nações Unidas).

A instituição prevê condições neutras de uma transição para a La Ninã entre junho e agosto. As chances aumentam para 60% durante julho e setembro e para 70% entre agosto e novembro de 2024. “A chance de um novo desenvolvimento do El Niño é insignificante durante este período.”

Conforme a OMM, todos os meses, desde junho de 2023, foram estabelecidos novos recordes de temperatura. Além disso, o último ano foi o mais quente já registrado. Entretanto, o fim do fenômeno não significa uma pausa nas alterações climáticas a longo prazo.

A explicação é que o planeta continua a aquecer devido aos gases de efeito estufa que retêm o calor. Os fenômenos climáticos naturais, como o El Niño, ocorrem agora no contexto das alterações climáticas provocadas pelo ser humano, que aumentam significativamente as temperaturas globais, afetando os padrões sazonais de precipitação.

“As temperaturas excepcionalmente elevadas da superfície do mar continuarão a desempenhar um papel importante durante os próximos meses”, afirmou o secretário-geral adjunto da OMM, Ko Barrett. O El Niño atingiu o pico em dezembro de 2023.

Os últimos nove anos foram os mais quentes já registrados, mesmo com a influência do arrefecimento de um La Niña plurianual, de 2020 ao início de 2023. “Nosso clima continuará mais extremo devido ao calor e da umidade extras em nossa atmosfera (…) as previsões sazonais para El Niño e La Niña, e os impactos previstos nos padrões climáticos a nível mundial, são uma ferramenta importante para informar alertas precoces e ações precoces”, disse Ko Barrett.

A La Niña é responsável pelo resfriamento das águas do oceano Pacífico e no Brasil há um aumento no volume de chuvas no Norte e Nordeste, além de secas e temperaturas elevadas na região Sul. Nos últimos anos, o fenômeno provocou queda de temperatura no verão e chuvas intensas.

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