Especialistas debatem perspectivas sobre as tecnologias voltadas à saúde
A saúde vem sendo impactada por novas tecnologias, como o 5G e a inteligência artificial, voltadas à melhoria da experiência do paciente.
A saúde vem sendo impactada por novas tecnologias, pela digitalização e por inúmeras possibilidades voltadas à melhoria da experiência do paciente/consumidor em busca de especialistas, clínicas, exames e cirurgias. Esse foi o tema do evento “Digital Health”, promovido durante encontro do Grupo de Aceleração Digital do World Trade Center (WTC) Curitiba, Joinville e Porto Alegre, ocorrido na última semana na Capital paranaense.
De acordo com Sérgio Bernardes, diretor clínico e de desenvolvimento de novos produtos da Neodent, do grupo suíço Straumann, uma iniciativa recente da empresa neste contexto foi o desenvolvimento de uma dentadura que pode mensurar a taxa de glicose da saliva, ou mesmo a virulência de uma doença viral.
Outras questões abordadas por Bernardes no evento se referem às possibilidades do 5G na saúde e da inteligência artificial. Segundo ele, o 5G vai funcionar como o fluxo sanguíneo, levando mais informações e de forma mais rápida ao sistema nervoso.
“Além disso, o próximo passo será a evolução da inteligência artificial, que vai fazer com que a gente consiga trazer informações do ambiente que nos rodeia para a tomada de decisões. Por exemplo, na odontologia, já existe um software que é mais assertivo no diagnóstico de cáries”, aponta o especialista.
A centralidade do paciente também foi outro fator abordado no evento do grupo DAG, como fator fundamental para os processos que envolvem negócios e investimentos em saúde. “É a confluência que reúne o círculo de vida, as experiências e os valores daquela pessoa. Então hoje, esse paciente/consumidor de saúde não participa somente de forma passiva do atendimento presencial ou da telemedicina. Ele tem um perfil bem mais ativo que há alguns anos. Auxiliam seus médicos e participam das decisões referentes à sua saúde, desde as primeiras buscas por serviços e profissionais na internet até a realização de diagnóstico e cirurgias”, completa.
Inovação e hospital digital
O encontro do Grupo de Aceleração Digital também recebeu para o debate o CEO do Grupo Eco Medical, que inaugurou recentemente seu primeiro hospital em Curitiba, e conselheiro da Healthtec Conecta Doc, Patrick Gil. “Quando falamos em inovações, as dificuldades de quem atua na área da saúde são similares às do varejo. Quando se cria a jornada do hospital digital, por exemplo, é pensando em facilitar a vida do paciente. E as ferramentas tecnológicas podem nos auxiliar a quebrar essa dinâmica de só buscar o médico quando se está doente, estimulando a prevenção na saúde, a medicina voltada ao cuidado”, disse.
Gil explicou, ainda, que o propósito principal do grupo Eco Medical é resgatar a forma que médicos e pacientes se relacionam. “Nosso grande objetivo hoje é resolver problemas por meio da digitalização de processos, gerando receita a partir desses serviços. É a mesma premissa da Conecta Doc, que nasceu dentro de um hospital para testar problemas ‘dentro de casa’, atendendo um volume gigantesco de pacientes por mês, cerca de 100 mil consultas nas 40 unidades do Hospital IPO de Curitiba.”
Para o CEO do Grupo Eco Medical, é fundamental investir na capacitação de médicos e especialistas para a produção de conteúdo técnico, médico e científico de qualidade. “A telemedicina não estava regulamentada no Brasil antes da pandemia, mas já havia a tele orientação através da Conecta Doc, por exemplo. Acredito que a competitividade também será digitalizada, prevalecendo a eficiência para que o paciente encontre o melhor profissional para atendê-lo”, finalizou.
