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Conselho da Polícia Civil decide expulsar policial que atirou em copeira

Conselho da Polícia Civil decide expulsar policial que atirou em copeira

O Conselho da Polícia Civil do Paraná decidiu pela condenação e demissão da policial Kátia das Graças Belo, acusada de a..

Weslley Neto - UOL/Folhapress - terça-feira, 9 de fevereiro de 2021 - 10:52

O Conselho da Polícia Civil do Paraná decidiu pela condenação e demissão da policial Kátia das Graças Belo, acusada de atirar e matar a copeira Rosaira Miranda da Silva, em dezembro de 2016. O julgamento da corporação aconteceu nesta segunda-feira (8).

Conforme a assessoria da Polícia Civil, oito, de nove conselheiros, votaram a favor da condenação e da demissão policial. Um conselheiro foi testemunha durante o processo e foi impedido de votar.

Apesar da decisão do conselho, a demissão da policial civil só será confirmada se o governador Ratinho Júnior (PSD) acatar a recomendação dos conselheiros. A decisão deve ser publicada no Diário Oficial Executivo.

O advogado Peter Amaro, representante de Kátia Belo, disse que deve esperar o julgamento da policial na esfera criminal para recorrer da decisão do conselho.

“O conselho não levou em consideração todos os laudos psiquiátricos e situação fática da Kátia, seu problema mental no momento. Por perícia médica, ficou constatado que a Kátia não respondia pelos seus atos quando aconteceu aquela tragédia. O laudo falava que ela tinha um transtorno explosivo intermitente e numa explosão, aconteceu a tragédia.”

Já o advogado Ygor Salmen, que representa a família da copeira, afirmou que a decisão do Conselho da Polícia Civil foi sensata e condiz com a sua magnitude.

MORTE DA COPEIRA ROSAIRA MIRANDA DA SILVA

A copeira Rosaira Miranda da Silva morreu na madrugada do dia 23 de dezembro de 2017, enquanto participava de uma festa de confraternização da empresa onde trabalhava, no bairro Centro Cívico. Ela foi atingida com um tiro na cabeça.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Kátia Belo foi quem efetuou o disparo após ficar irritada com o barulho das pessoas no estabelecimento que fica aos fundos da casa dela.

Ela foi denunciada por homicídio qualificado por motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e perigo comum. No entanto, o Tribunal de Justiça do Paraná decidiu que ela deve ser julgada por homicídio simples.

Em novembro de 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a policial deve ser julgada por homicídio triplamente qualificado. O processo ainda está nem fase de recurso no STJ e, por enquanto, não há data para o julgamento de Kátia Belo, no Tribunal do Júri de Curitiba.

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