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Câmara Municipal pagou quase R$ 20 mil a hackers no Paraná, diz TCE

Câmara Municipal pagou quase R$ 20 mil a hackers no Paraná, diz TCE

A Câmara Municipal de Lindoeste, na região oeste do Paraná, pagou R$ 19,5 mil para resgatar dados roubados por hackers, ..

Redação - quinta-feira, 30 de janeiro de 2020 - 11:51

A Câmara Municipal de Lindoeste, na região oeste do Paraná, pagou R$ 19,5 mil para resgatar dados roubados por hackers, aponta o TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná). De acordo com o Relatório do Controle Interno, o vereador Sidinei dos Santos, até presidente da Câmara, é o responsável pelas irregularidades das contas em 2017.

De acordo com os apontamentos, foram duas falhas nas contas da Câmara. A primeira foi o pagamento, não autorizado por lei, aos hackers para recuperar os dados eletrônicos sequestrados pelos próprios. O TCE ainda diz que um documento retifica não haviam backups (cópias de segurança) atualizadas e armazenadas em meios seguros.

Já a segunda irregularidade apontada no relatório foi o fato dos valores relativos aos dias não trabalhados por servidores não terem sido descontados em função de faltas injustificadas. Esse ponto, acumulado com o atraso no envios dos dados ao TCE, resultou em duas multas, que somam R$ 7.343,00 ao vereador Sidinei dos Santos.

Contudo, o pagamento das multas está suspensa porque o vereador entrou com recurso na última sexta-feira (24), que ainda será julgado na Segunda Câmara do TCE.

LINDOESTE COM PROBLEMAS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

paraná câmara hackers tce Registro de Lindoeste, no interior do Paraná. (Reprodução / Facebook)

Além da irregularidade na Câmara Municipal, Lindoeste também sofre com problemas na Prefeitura. O prefeito José Romualdo Pedro (PR) teve seu mandato cassado no dia 6 de janeiro após moradores denunciarem o gestor por negligência e suspeita de esquema de desvio de dinheiro. A cidade conta com 5.363 habitantes e fica a 149 quilômetros de Foz do Iguaçu.

Entretanto, na última terça-feira (28), o desembargador Luiz Taro Oyama, do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) suspendeu, em decisão liminar, os efeitos da sessão de cassação. Com isso, Alessandra Bueno (PPS) deixou de ser a prefeita em exercício.

Contudo, o MPPR (Ministério Público do Paraná) apura o caso e o possível desvio, estimado em R$ 180 mil.

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