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TRE-PR determina que Flávia Francischini mude o nome na urna

TRE-PR determina que Flávia Francischini mude o nome na urna

Motivo seria uma possível referência ao nome do esposo dela, o ex-deputado Fernando Francischini. No painel de votação, apareceria apenas o sobrenome do casal.

Johan Gaissler - terça-feira, 13 de setembro de 2022 - 08:26

O TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) determinou que a candidata à deputada estadual Flávia Francischini (União Brasil) mude o nome na urna eletrônica para as eleições de 2 de outubro. O motivo seria uma possível referência ao nome do esposo dela, o ex-deputado Fernando Francischini. A decisão foi dada no final de semana.

De acordo com a plataforma DivulgaCandContas, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o nome da candidata na urna seria apenas o sobrenome, Francischini, o que poderia confundir os eleitores. Por isso, ela terá de colocar o primeiro nome no painel de votação.

Na propaganda eleitoral no rádio e na televisão, o casal aparece juntos e Fernando pede votos para Flávia: “Preciso do seu voto para que Flávia continue o nosso trabalho”. Além disso, o gerador de caracteres coloca apenas o sobrenome e o número dela, como seria no momento no pleito.

A candidatura da vereadora de Curitiba à Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) já foi deferida pela Justiça Eleitoral e aguarda julgamento. Por meio de nota, Flávia Francischini diz que não se opõe à decisão, que esse é o sobrenome dela há 22 anos e que “é uma marca de seriedade e trabalho firme”.

Pelas redes sociais, Fernando ironizou e respeitou a decisão: “Está correto [o TRE-PR em achar que os eleitores poderiam se confundir], eu e Flávia somos um só mesmo. Quem votava Delegado Francischini, pela coragem de falar o que pensa, agora vota deputada estadual Flávia Francischini”.

CASSAÇÃO DE FERNANDO FRANCISCHINI

O deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil) teve o mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em outubro de 2021, por divulgar informações falsas sobre as urnas eletrônicas e o processo de votação no Brasil.

Segundo a decisão, os 427.749 votos que ele recebeu nas eleições em 2018 foram anulados e ele ficará inelegível por um período de oito anos. O parlamentar tentou entrar com recurso, o que foi negado pela Justiça Eleitoral.

Fernando Francischini foi secretário de Segurança Pública do Paraná no governo Beto Richa (PSDB), deputado federal, deputado estadual e candidato à Prefeitura de Curitiba em 2020, sendo derrotado ainda no primeiro turno. Naquele mesmo ano, a esposa, Flávia, foi eleita vereadora para um primeiro mandato.

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