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Projeto da igualdade salarial entre homens e mulheres é aprovado no Senado

Projeto da igualdade salarial entre homens e mulheres é aprovado no Senado

No Brasil, uma mulher ganha, em média, 78% dos rendimentos de um homem, de acordo com o IBGE; texto segue agora para sanção do presidente Lula.

Redação - sexta-feira, 2 de junho de 2023 - 08:07

O projeto de lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre homens e mulheres foi aprovado pelo Senado nesta quinta-feira (1º). A medida provê remuneração igualitária quando os profissionais exercerem trabalho de igual valor ou mesma função. O texto segue agora para sanção presidencial.

O projeto, de autoria do Executivo, prevê aplicação de multa ao empregador que descumprir a lei. A sanção será equivalente a dez vezes o valor do novo salário devido.

Em caso de reincidência, a multa será em dobro. Atualmente, pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é prevista multa de um salário mínimo regional.

Mesmo com pagamento da multa, a pessoa discriminada pode ingressar com pedido de indenização por danos morais.

No Brasil, uma mulher ganha, em média, 78% dos rendimentos de um homem, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No caso de mulheres pretas ou pardas, o percentual cai para menos da metade dos salários dos homens brancos (46%).

Combate à desigualdade salarial

Na tramitação no Congresso, os parlamentares fizeram algumas mudanças no texto original.

Entre elas, a empresa fica dispensada da exigência de igualdade salarial quando adotar, por meio de negociação coletiva, plano de cargos e salários, regra não estabelecida pela CLT.

Pelo projeto, as empresas deverão apresentar relatórios para que fiscais possam comparar os valores pagos a homens e mulheres.

Outras medidas também estão previstas: 

  • disponibilização de canais específicos para denúncias; 
  • promoção e implementação de programas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho por meio da capacitação de gestores, lideranças e empregados(as) sobre a temática da equidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, com aferição de resultados;
  • fomento à capacitação e formação de mulheres para ingresso, permanência e ascensão no mercado de trabalho em igualdade de condições com os homens.

O presidente Rodrigo Pacheco parabenizou a Bancada Feminina do Senado pela conquista. “Quero agradecer uma vez mais a presença da ministra Cida Gonçalves, ministra de Estado das Mulheres do governo federal. Sua presença no Senado Federal é muito bem-vinda, juntamente com a sua equipe e todas as mulheres que acompanharam essa votação histórica de um projeto muito importante para a Bancada Feminina, a nossa Bancada Feminina no Senado Federal, muito dedicada, muito valorosa em defesa de suas causas”, disse.

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