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PF cumpre mandados no Paraná em nova ação contra atos antidemocráticos

PF cumpre mandados no Paraná em nova ação contra atos antidemocráticos

Os investigados convidaram e organizaram transporte em 8 de janeiro em Brasília, e compartilharam instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos.

Rafael Nascimento - quinta-feira, 17 de agosto de 2023 - 07:48

A Polícia Federal cumpre mandados judiciais na manhã desta quinta-feira (17) contra pessoas que participaram direta ou indiretamente dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. A ação ocorre no Paraná e em outros quatro estados, além do Distrito Federal conforme a PF.

Na oportunidade, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Desde então, a Polícia Federal realiza ações para identificar todos os envolvidos, que incitaram, participaram ou fomentaram as ações criminosas.

Conforme a PF, quatro mandados são cumpridos no Paraná, sendo dois de prisão preventiva e outros dois de busca e apreensão – em Londrina, no Norte do Estado, e Guaíra, no Oeste paranaense.

Outras ordens judiciais são cumpridas na Bahia, Goiás, Paraíba, Santa Catarina e na Capital Federal. Todos os mandados, dez de prisão temporárias e 16 de busca e apreensão, foram expedidos pelo STF.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou em suas redes sociais a nova ação da Polícia Federal contra os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

“Justiça necessária para que atuem as funções repressivas e preventivas que o Direito Penal exerce”, afirmou Flávio Dino.

A operação de hoje ocorre no âmbito da 14ª fase da Operação Lesa Pátria. Os alvos desta fase são suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de “Festa da Selma”, que era, em verdade, codinome previamente utilizado para se referir às invasões.

O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído.

Ainda segundo a Polícia Federal, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.

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