Múcio diz que Forças Armadas não participaram de ataques em Brasília
Ministro da Defesa esteve reunido com o presidente Lula (PT) e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica nesta sexta-feira (20).
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que as Forças Armadas não participaram dos ataques aos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília. A declaração foi dada nesta sexta-feira (20), após reunião dele com o presidente Lula (PT) e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Sobre o assunto, Lula tem defendido que os envolvidos nas manifestações golpistas sejam punidos, e também chegou a afirmar que a entrada no Palácio do Planalto foi “facilitada”.
Questionado sobre o posicionamento do presidente, o ministro defendeu aplicação de pena e considerou que a participação de militares nos atos foi “individual”. “Eu entendo que não houve envolvimento direto das Forças Armadas. Se algum elemento, individualmente, teve sua participação, vai responder como cidadão”, disse Múcio.
O encontro de Lula com o ministro da Defesa e os comandantes estava previsto para acontecer no final do mês, mas a data foi remanejada para antes da primeira viagem internacional de Lula como presidente do Brasil no atual mandato.
Segundo Múcio, os relatórios feitos pelos chefes das Forças Armadas já estavam prontos para serem apresentados ao presidente, que manifestou desejo de renovar a confiança com os militares.
ATAQUES AOS TRÊS PODERES EM BRASILIA
As sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram alvo de ataques golpistas por parte de manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 8 de janeiro.
Foram atacados o Palácio do Planalto, do Executivo; o Congresso Nacional, do Legislativo; e o Supremo Tribunal Federal, do Judiciário.
O policiamento local não conseguiu conter a invasão. Manifestantes que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial de 2022 ocuparam e destruíram partes internas dessas estruturas. Desde novembro passado, eles defendem intervenção militar e atacam o funcionamento de instituições democráticas.
Pelo pequeno número de forças de segurança e um possível apoio a esses movimentos, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, por 90 dias.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também determinou intervenção federal na segurança pública do DF.
