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Bolsonaro usou braço-direito para fazer caixa 2 no Planalto, diz site

Bolsonaro usou braço-direito para fazer caixa 2 no Planalto, diz site

O ministro Alexandre de Moraes autorizou quebras de sigilo que permitiram os avanços das apurações por parte da Polícia Federal.

Redação - sexta-feira, 20 de janeiro de 2023 - 18:16

O ex-presidente Jair Bolsonaro teria usado o tenente-coronel do Exército, Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como ‘coronel Cid’, para fazer caixa dois com dinheiro vivo no Palácio do Planalto, aponta reportagem do site Metrópoles.

De acordo com a publicação, as investigações do STF (Supremo Tribunal Federal) se aprofundaram sobre coronel Cid, uma espécie de braço-direito de Bolsonaro. Ele era o acompanhante de Jair em praticamente tempo integral, além de ter sido o guardião do celular do ex-presidente, por exemplo.

COMO ERA O ESQUEMA

O ministro Alexandre de Moraes autorizou quebras de sigilo que permitiram os avanços das apurações por parte da Polícia Federal.

Segundo o Metrópoles, muitas operações financeiras feitas por coronel Cid eram de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.

Com o dinheiro em espécie, Cid centralizava o dinheiro e cuidava dos pagamentos, com dinheiro vivo, de despesas dos familiares de Bolsonaro, incluindo a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O Metrópoles aponta que os policiais se lembraram do modus operandi que apontaram as investigações das supostas rachadinhas do hoje senador Flávio Bolsonaro, enquanto vereador no Rio de Janeiro. 

Entre os artifícios iguais estão os saques, pagamentos com dinheiro em espécie e uso de funcionários de confiança nas operações. Com isso, as investigações culminaram no apelido “rachadinha palaciana”.

Além disso, ainda apareceram indícios de “que valores provenientes de saques feitos por outros militares ligados a Cid e lotados em quartéis – sim, quartéis – de fora de Brasília eram repassados ao tenente-coronel”.

ATOS GOLPISTAS

Outro ponto é que o material reunido nas investigações coloca o coronel Cid na sucessão dos atos golpistas que resultaram na invasão dos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

Isso porque o “tenente-coronel funcionava como elo entre Bolsonaro e vários dos radiciais” que instigavam um atentado contra as instituições. A publicação aponta que “há fartas evidências nesse sentido” e menciona a relação entre Cid e o blogueiro Allan dos Santos.

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