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Moro promete mandato independente após vitória ao Senado pelo PR

Moro promete mandato independente após vitória ao Senado pelo PR

Eleito com 32% dos votos, ex-ministro e ex-juiz federal criticou pesquisas e afirmou que não estará ao lado do PT em segundo turno para a presidência

Johan Gaissler - domingo, 2 de outubro de 2022 - 22:07

Sergio Moro (União Brasil), eleito senador pelo Paraná com 32% dos votos, prometeu um mandato independente ao celebrar a vitória nas urnas neste domingo (2) na sede do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná).

O ex-ministro e ex-juiz federal afirmou que a campanha foi difícil e de “luta contra o sistema político”. Por isso, afirmou que trabalhará sem vínculos em Brasília.

Sergio Moro criticou os institutos de pesquisas que previam uma nova reeleição de Alvaro Dias (Podemos), o que não aconteceu.

“Não gosto de falar mal de pesquisas, mas os resultados foram muito diferentes, tanto a nível nacional quanto estadual”, falou. O ex-ministro sugeriu, ainda, uma revisão no método desses institutos.

Sobre a eleição presidencial, que irá para o segundo turno entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), Sergio Moro voltou a afirmar que não apoiará o PT, mas também não disse se apoiará a reeleição do atual presidente.

“É uma eleição polarizada, disputada. O compromisso que assumi com a população é que jamais estarei do lado do Lula e do PT”, disse.

Para o mandato que se inicia em 2023, Sergio Moro defendeu a aprovação de reformas, como a administrativa e tributária, além do combate à corrupção.

A HISTÓRIA DE MORO, ELEITO SENADOR NO PARANÁ

Sergio Fernando Moro nasceu em Maringá, no interior do Paraná, em 01º de agosto de 1972. Graduado em Direito na Universidade Estadual de Maringá, em 1995, ele se tornou no juiz federal no ano seguinte e trabalhou também como juiz auxiliar no Superior Tribunal Federal (STF).

Moro ainda comandou, entre março de 2014 e novembro de 2018, a Operação Lava Jato, com julgamentos em primeira instância dos crimes cometidos por muitos políticos, empreiteiros e empresários. No âmbito da operação, ele condenou, em primeira instância, em 2017, o ex-presidente Lula, mas a decisão foi anulada pelo colegiado do STF em junho de 2021.

Em novembro de 2018, ele pediu exoneração do cargo de juiz e aceitou o convite do então presidente eleito Jair Bolsonaro para ser ministro da Justiça e Segurança Pública. No entanto, em 24 de abril de 2020, pediu demissão depois da exoneração do diretor-geral da Polícia Federal por Bolsonaro.

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