Moraes manda acabar com acampamentos de bolsonaristas em quartéis
Em Curitiba, manifestantes alinhados com o ex-presidente Bolsonaro e que não aceitam o resultado democrático das urnas estão acampados no Forte do Pinheirinho e no Quartel do Bacacheri.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na madrugada desta segunda-feira (9) a desocupação, em até 24 horas, de todos em acampamentos de manifestantes bolsonaristas em frente e nas imediações de quartéis em todo o país.
Em Curitiba, manifestantes alinhados com o ex-presidente Bolsonaro e que não aceitam o resultado democrático das urnas nas Eleições de outubro de 2022 estão acampados no Forte do Pinheirinho e no Quartel do Bacacheri.
No Bacacheri, 20 pessoas estavam acampadas na manhã de hoje. No local, faixas penduradas pediam intervenção militar e que as “forças armadas salvassem o Brasil”.
Não havia a presença de viaturas policiais no local.
Também há acampamentos em outras cidades paranaenses, como Cascavel e Foz do Iguaçu.
Outra medida determinada pelo ministro do STF é a desobstrução de todas as vias e prédios públicos estaduais e federais que estiverem com acampamentos. A decisão deve ser cumprida pelas forças estaduais de segurança.
A reportagem pediu um posicionamento da Sesp (Secretaria de Segurança Pública do Paraná) sobre as ações que estão sendo tomadas para o cumprimento da ordem do STF, e aguarda retorno. Em nota, a pasta afirmou que “as forças de segurança estão preparando as ações para desmobilização dos atos que ainda estão na frente dos quartéis, em respeito à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).”
Moraes afasta governador do DF do cargo após vandalismo
No mesmo despacho que determina o fim dos acampamentos bolsonaristas em quartéis e a liberação de prédios públicos em 24 horas, Alexandre de Moraes também afastou Ibaneis Rocha (MDB) do cargo de governador do Distrito Federal.
A suspensão determinada por Moraes vale por 90 dias e ocorreu horas após manifestantes golpistas invadirem e depredarem o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
“Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores e os anteriores e atuais agentes públicos coniventes e criminosos, que continuam na ilícita conduta da prática de atos antidemocráticos”, pontuou o ministro.