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Dino confirma 1.500 presos e diz que ataques ‘não tiveram êxito’ em Brasília

Dino confirma 1.500 presos e diz que ataques ‘não tiveram êxito’ em Brasília

No domingo (8), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e destruíram estruturas internas das sedes dos Três Poderes na capital federal.

Johan Gaissler - segunda-feira, 9 de janeiro de 2023 - 15:43

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, confirmou nesta segunda-feira (9) que 1.500 pessoas foram presas após ataques no último domingo (8) em Brasília. Para Dino, as manifestações de cunho golpista “não tiveram êxito”.

No final de semana, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e destruíram estruturas internas das sedes dos Três Poderes na capital federal.

“Mais uma vez, podemos afirmar que golpistas, terroristas e criminosos em geral não tiveram êxito na ruptura da lei”, disse Flávio Dino. Além da violência em Brasília, estradas foram novamente bloqueadas, mas desobstruídas na sequência.

“Nós chegamos a ter nove rodovias federais interditadas. A Polícia Rodoviária Federal agiu imediatamente e não houve resistência”, comunicou.

Flávio Dino afirmou que vários crimes foram cometidos pelos manifestantes, como a tentativa de um golpe de estado, o ferimento ao estado democrático de direito, dano ao patrimônio, associação criminosa e lesões corporais.

Questionado se algo poderia ter sido feito para evitar a invasão, o ministro disse que, por parte do governo federal, a Força Nacional foi convocada. A ação combativa da Polícia Militar seria de responsabilidade do governo do Distrito Federal.

Até o momento, aproximadamente 1.500 pessoas foram presas por participarem desse ato em Brasília. Elas estão detidas em uma academia policial da capital federal e possíveis penas serão aplicadas pelo Poder Judiciário.

ATAQUES AOS TRÊS PODERES EM BRASILIA

As sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram alvo de ataques de cunho golpista por parte de manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (8).

Foram atacados o Palácio do Planalto, do Executivo; o Congresso Nacional, do Legislativo; e o Supremo Tribunal Federal, do Judiciário.

O policiamento local não conseguiu conter a invasão. Manifestantes que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial de 2022 ocuparam e destruíram partes internas dessas estruturas. Desde novembro passado, eles defendem intervenção militar e atacam o funcionamento de instituições democráticas. 

Pelo pequeno número de forças de segurança e um possível apoio a esses movimentos, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, por 90 dias.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também determinou intervenção federal na segurança pública do DF.

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