Mauro Cid fica em silêncio durante depoimento na CPI
No discurso inicial, Mauro Cid disse que não participava das decisões do governo e que não teve ingerência política.
O tenente-coronel Mauro Cid, que atuou como ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ficou em silêncio no depoimento à CPI (Comissão de Inquérito Parlamentar) dos Atos Golpistas do dia 8 de janeiro.
No discurso inicial, Mauro Cid disse que não participava das decisões do governo, que não teve ingerência política e que atuou com o serviço de secretariado executivo do ex-presidente.
“Por todo o exposto, e sem qualquer intenção de desrespeitar vossas excelências e os trabalhos conduzidos por esta CPMI, considerando minha inequívoca condição de investigado, por orientação da minha defesa e com base no habeas corpus 229323, concedido em meu favor pelo STF, farei uso ao meu direito constitucional ao silêncio”, disse.
Dessa forma, Mauro Cid deixou de responder 10 perguntas feitas pela relatora Eliziane Gama (PSD-BA).
“Com todo respeito à Vossa Excelência, permanecerei em silêncio”, disse ele.
MAURO CID
Ele está preso desde o dia 3 de maio, acusado de fraude nos cartões de vacinação contra a covid-19 do ex-presidente e de parentes da família Bolsonaro. Ele teria invadido o sistema do Ministério da Saúde para alterar o cartão de vacinação de Jair para que o então presidente pudesse ir aos Estados Unidos.
Além disso, ele é apontado como articulador de um plano para reverter o resultado das Eleições 2022. Mensagens obtidas pela Polícia Federal apontam que ele reuniu documentos para execução de um golpe de Estado.
