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“Mais uma perseguição”, diz Ricardo Arruda sobre operação do Ministério Público
Foto: reprodução

“Mais uma perseguição”, diz Ricardo Arruda sobre operação do Ministério Público

O Deputado Estadual pelo Paraná é alvo investigação contra a administração pública

Francine Lopes - quarta-feira, 25 de outubro de 2023 - 17:06

Após ser alvo de uma Operação do Ministério Público do Paraná, na manhã desta quarta-feira (25),  o deputado estadual Ricardo Arruda  (PL) afirma sofrer perseguição pela política. Em um vídeo divulgado como resposta do parlamentar, ele diz que não há provas contra ele.

“Mais uma perseguição política. Outro dia vimos uma busca e apreensão na casa do ex -presidente, Jair Bolsonaro. Hoje (quarta, 25), o Gaeco bate na minha porta, derruba a porta, vai também na minha casa em São Paulo, onde mora minha filha, vem no meu gabinete e vai na casa de quatro assessores e um que nem é assessor faz três anos”, diz o deputado.

“Sem prova nenhuma, sem nada. Alguém vai lá e te denuncia e eles armam isso tudo para te perseguir”, completa o parlamentar. 

O Ministério Público do Paraná, por meio da Sub-procuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, cumpriu, ao todo, dez mandados de busca e apreensão, nesta quarta-feira,  no âmbito da Operação Fração, na capital paranaense, em São Paulo-SP e no município paulista de Espírito Santo do Pinhal. Os alvos são investigados por crimes de concussão (exigir vantagem indevida), ocultação de bens, lavagem de dinheiro e compartilhamento de salários de assessores e parlamentares, prática conhecida como “rachadinha”.

Os mandados foram expedidos pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e executados por agentes do Gaeco, com apoio da Polícia Civil paranaense e do Ministério Público de São Paulo. O processo tramita em segredo de justiça.

Em nota, o advogado do deputado Ricardo Arruda, Jeffrey Chiquini, afirma que é “uma busca desnecessária, decorrente de uma investigação de 2020, já devidamente elucidada. Tudo já havia sido esclarecido, com comprovação testemunhal e documental, inclusive.” A nota diz ainda que vão buscar entender o real motivo dessa busca e que não há elementos que justifiquem a medida que é considerada extrema pela defesa.

O processo citado pelo advogado é a denúncia do MP-PR, formalizada em 2020, em que o parlamentar é suspeito de receber quase meio milhão de reais para influenciar o avanço de pedidos de terceiro junto ao Governo do Paraná. O crime é conhecido como tráfico de influência.

Nesta mesma denúncia, o deputado é acusado de associação criminosa por envolver assessores no esquema de ilícitos. O crime de peculato, segundo a denúncia, foi cometido no desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para pagamento de terceiros.

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