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Lula e Zelensky não terão reunião bilateral no G7 por falta de agenda

Lula e Zelensky não terão reunião bilateral no G7 por falta de agenda

Encontro tentou ser costurado pelas equipes presidenciais, mas a falta de horários no Japão fez com que o encontro não acontecesse.

Vinicius Cordeiro - domingo, 21 de maio de 2023 - 09:47

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai termais uma reunião bilateral com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, em Hiroshima, no Japão, onde ambos estão como convidados da cúpula do G7.

A expectativa é que o encontro acontecesse ainda hoje, sendo que uma sala havia sido preparada para o encontro. No entanto, o governo brasileiro diz que a equipe do gabinete ucraniano não conseguiu encaixar nenhum horário.

Segundo a TV Globo, Zelensky disse ironicamente que Lula deveria ter ficado decepcionado por não ter tido a reunião. Em contrapartida, o presidente ucraniano se reuniu hoje com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.

Apesar disso, Lula e Zelensky se reúnem nos trabalhos conjuntos das reuniões do G7. 

Em um discurso oficial no Japão, Lula afirmou que o Brasil condena “a violação da integridade territorial da Ucrânia” e que repudia “veementemente o uso da força como meio de resolver disputas”.

O evento é marcado pela união entre os líderes da sete nações com economias mais fortes do mundo – Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Contudo, outros países também são convidados. Além do Brasil, é o caso de Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, Ucrânia e Vietnã.

LULA E A UCRÂNIA

No ano passado, o presidente brasileiro ganhou repercussão internacional negativa após falar que Zelensky  era “tão responsável quanto Putin” pela guerra entre Ucrânia e Rússia. Além disso, ainda disse que o presidente ucraniano transformou o conflito em um espetáculo.

Em janeiro, Lula negou um pedido de enviar munição à Ucrânia do primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz. Ele ainda entoou o discurso de “um clube das pessoas que vão querer construir a paz”. 

Em abril, Lula disse que “Putin não pode ficar com terreno da Ucrânia”, mas “talvez se discuta a Crimeia”, península anexada pela Rússia em 2014, e que Zelenski “não pode ter tudo o quer”.

No fim daquele mês, Lula voltou a ter reação negativa da comunidade internacional. Em uma visita a Pequim, Lula disse que era necessário que “os Estados Unidos parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz”.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca rebateu afirmando que o petista estava repetindo a propaganda russa como um papagaio.

No meio dessa crise, há duas semanas, o assessor especial Celso Amorim foi enviado por Lula a Kiev, capital ucraniana. 

Amorim descreveu o encontro como “positivo” e que foi bom pela “criação de confiança”.

Nas redes sociais, Zelensky relatou que disse a Amorim que a Ucrânia tem o único plano de paz possível para terminar a guerra com a Rússia e que discutiu a realização de uma cúpula Ucrânia-América Latina, além de dizer que espera receber o presidente Lula.

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