Lula diz que não vai mais comentar sobre Guerra da Ucrânia
Vale lembrar que Lula criou desconforto em aliados do Ocidente com comentários sobre o conflito entre ucranianos e russos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou hoje (6), na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que não vai mais fazer comentários sobre a guerra na Ucrânia.
“Não quero me meter na questão da guerra da Ucrânia e da Rússia. A minha guerra é aqui, contra a fome, pobreza e desemprego”, afirmou.
Vale lembrar que Lula criou desconforto em aliados do Ocidente sobre o conflito entre ucranianos e russos. Ele tem defendido um ‘clube da paz’, com protagonismo da China e Indonésia nas negociações para o fim da guerra. No entanto, o discurso não ganhou corpo com outros países.
LULA E OS COMENTÁRIOS SOBRE A GUERRA DA UCRÂNIA
No ano passado, o presidente brasileiro ganhou repercussão internacional negativa após falar que Zelensky era “tão responsável quanto Putin” pela guerra entre Ucrânia e Rússia. Além disso, ainda disse que o presidente ucraniano transformou o conflito em um espetáculo.
Em janeiro, Lula negou um pedido de enviar munição à Ucrânia do primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz. Ele ainda entoou o discurso de “um clube das pessoas que vão querer construir a paz”.
Em abril, Lula disse que “Putin não pode ficar com terreno da Ucrânia”, mas “talvez se discuta a Crimeia”, península anexada pela Rússia em 2014, e que Zelenski “não pode ter tudo o quer”.
No fim daquele mês, Lula voltou a ter reação negativa da comunidade internacional. Em uma visita a Pequim, Lula disse que era necessário que “os Estados Unidos parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz”.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca rebateu afirmando que o petista estava repetindo a propaganda russa como um papagaio.
No meio dessa crise, em maio, o assessor especial Celso Amorim foi enviado por Lula a Kiev, capital ucraniana. Amorim descreveu o encontro como “positivo” e que foi bom pela “criação de confiança”.
Também em maio, Lula e Zelensky não tiveram uma reunião bilateral no G7 por falta de agenda.