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Lula diz que não vai mais comentar sobre Guerra da Ucrânia

Lula diz que não vai mais comentar sobre Guerra da Ucrânia

Vale lembrar que Lula criou desconforto em aliados do Ocidente com comentários sobre o conflito entre ucranianos e russos.

Vinicius Cordeiro - quinta-feira, 6 de julho de 2023 - 17:56

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou hoje (6), na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que não vai mais fazer comentários sobre a guerra na Ucrânia. 

“Não quero me meter na questão da guerra da Ucrânia e da Rússia. A minha guerra é aqui, contra a fome, pobreza e desemprego”, afirmou.

Vale lembrar que Lula criou desconforto em aliados do Ocidente sobre o conflito entre ucranianos e russos. Ele tem defendido um ‘clube da paz’, com protagonismo da China e Indonésia nas negociações para o fim da guerra. No entanto, o discurso não ganhou corpo com outros países. 

LULA E OS COMENTÁRIOS SOBRE A GUERRA DA UCRÂNIA 

No ano passado, o presidente brasileiro ganhou repercussão internacional negativa após falar que Zelensky  era “tão responsável quanto Putin” pela guerra entre Ucrânia e Rússia. Além disso, ainda disse que o presidente ucraniano transformou o conflito em um espetáculo.

Em janeiro, Lula negou um pedido de enviar munição à Ucrânia do primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz. Ele ainda entoou o discurso de “um clube das pessoas que vão querer construir a paz”.

Em abril, Lula disse que “Putin não pode ficar com terreno da Ucrânia”, mas “talvez se discuta a Crimeia”, península anexada pela Rússia em 2014, e que Zelenski “não pode ter tudo o quer”.

No fim daquele mês, Lula voltou a ter reação negativa da comunidade internacional. Em uma visita a Pequim, Lula disse que era necessário que “os Estados Unidos parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz”.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca rebateu afirmando que o petista estava repetindo a propaganda russa como um papagaio.

No meio dessa crise, em maio, o assessor especial Celso Amorim foi enviado por Lula a Kiev, capital ucraniana. Amorim descreveu o encontro como “positivo” e que foi bom pela “criação de confiança”.

Também em maio, Lula e Zelensky não tiveram uma reunião bilateral no G7 por falta de agenda.

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