Lava Jato: ex-executivos da Transpetro e da holandesa A.Hak viram réus por corrupção
A Justiça Federal do Paraná aceitou nesta terça-feira (4) a denúncia da força-tarefa Lava Jato contra Aluísio Teles e Ul..
A Justiça Federal do Paraná aceitou nesta terça-feira (4) a denúncia da força-tarefa Lava Jato contra Aluísio Teles e Ulisses Sobral, ex-gerentes da Transpetro, além dos executivos Mario Martinez e Paulo Martinez, que representavam a empresa holandesa A.Hak Industrial Services B.V.
Eles foram acusados de corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema que teria movimentado R$ 3,9 milhões em propinas para fraudar contratos da estatal.
De acordo com a força-tarefa Lava Jato, entre 2006 e 2010, Mario e Paulo Martinez — então executivos da A.Hak — ofereceram propinas para que Teles e Sobral agissem de foram a beneficiar a empresa holandesa. Ao todo, foram identificados 32 pagamentos que totalizam R$ 3,7 milhões, além de um repasse extra de R$ 150 mil.
Os ex-gerentes da Transpetro colaboram com as investigações e confessaram as supostas práticas criminosas. Tanto Sobral quanto Teles ainda não firmaram acordo de delação premiada.
Provas documentais levantadas pela força-tarefa Lava Jato foram obtidas por meio de procedimentos de cooperação internacional com o país europeu, conforme o procurador Roberson Pozzobon.
O Ministério Público Federal pede que seja decretado o bloqueio de R$ 3.917.330,48, correspondente ao valor total dos recursos “lavados” pelos denunciados. Além disso, a força-tarefa Lava Jato também pede a condenação dos denunciados por danos morais coletivos causados à população brasileira em decorrência dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.