Política
Estudo propõe diminuir cidades da Região Metropolitana de Londrina
Roberto Dziura Jr/AEN

Estudo propõe diminuir cidades da Região Metropolitana de Londrina

Amep defende redução de 76% do espaço; entenda

Mirian Villa - terça-feira, 21 de maio de 2024 - 14:00

Um estudo propõe uma redução nas cidades da Região Metropolitana de Londrina. Atualmente, a área é formada por 25 municípios. O trabalho, coordenado pela Amep (Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná), quer redesenhar a extensão para seis cidades.

Conforme a LEI Nº 13.089, uma região metropolitana é uma aglomeração urbana. Ou seja, uma “unidade territorial urbana constituída pelo agrupamento de 2 (dois) ou mais municípios limítrofes, caracterizada por complementaridade funcional e integração das dinâmicas geográficas, ambientais, políticas e socioeconômicas”.

A proposta de redução da região metropolitana de Londrina leva em conta a conurbação – fenômeno que resulta na junção de duas ou mais cidades, que ultrapassam os limites territoriais uma das outras. Segundo o estudo, o evento é identificado nos municípios de Ibiporã e Cambé, mas também é possível notar o processo se iniciando em Rolândia, Arapongas e Jataizinho, que formam um eixo de ocupação ao longo da rodovia BR-369.

O Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado apresenta três propostas para a cidade do norte paranaense. Entretanto, a recomendação defendida pela Amep é a redução de 76% do espaço, permanecendo apenas: Arapongas, Cambé, Ibiporã, Jataizinho, Londrina e Rolândia. Em conversa com o Paraná Portal, a agência reforçou que existe um debate sobre o tema com todos os envolvidos.

“A Região Metropolitana de Londrina foi criada em 1998, no entanto, até então, não foi instituído um organismo gestor ou mesmo promovido um plano de desenvolvimento que impulsionaria, de fato, a gestão integrada das funções públicas de interesse comum e o desenvolvimento urbano do território metropolitano”, detalha o projeto (leia aqui).

Com um custo estimado em R$ 1 milhão, o projeto levou em conta alguns requisitos para redesenhar a região, como o transporte público, meio ambiente e malha urbana. O PDUI (Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado) foi trabalhado em parceria com todos os municípios da região ao longo de mais de 90 reuniões.

A delimitação da região metropolitana é considerada a primeira etapa para a institucionalização da região. Depois, o projeto segue para análise na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná). Se for aprovado, debates para a efetivação da lei do PDUI serão realizados.

Maringá e Cascavel também passam por estudo para análise da região metropolitana, além de Curitiba. “A demanda para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) é uma obrigatoriedade estabelecida pelo Estatuto da Metrópole para todas as Regiões Metropolitanas e Aglomerações Urbanas no país.”

Regiões metropolitanas no Paraná

O Paraná possui atualmente oito regiões metropolitanas legalmente instituídas. São elas: Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Toledo, Campo Mourão, Umuarama e Apucarana.

Conforme o Censo 2022, a população dos 26 municípios da região metropolitana de Maringá passou de 713.650 para 848.450, um aumento de 18,89%, em doze anos. Já a área de Cascavel, composta por 24 municípios, passou de 488.181 habitantes para 559.732, um crescimento de 14,66%.

A região metropolitana de Curitiba foi a que mais cresceu, passou de 3.223.836 habitantes para 3.559.366, 10,41% de crescimento total. Já Londrina, foi a única que cresceu menos que a média do Paraná. Juntos, os 25 municípios aumentaram 8,86%.

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