Desembargador restabelece ordem de prisão preventiva contra Tacla Duran
Advogado que acusou Moro e Dallagnol de extorsão e perseguição tem depoimento marcado nesta sexta-feira (14), mas agora o retorno ao Brasil é incerto
O relator dos processos da Lava Jato no TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4.ª Região), Marcelo Malucelli, restabeleceu a ordem de prisão preventiva contra o advogado Rodrigo Tacla Duran.
O desembargador atendeu a um pedido do MPF (Ministério Público Federal). Em 2016, a força-tarefa da Opeação Lava Jato em Curitiba o acusou de diversas operações de lavagem de dinheiro para a Odebrecht e outras empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras.
Rodrigo Tacla Duran, no entanto, só foi ouvido pela Justiça Federal do Paraná em março de 2023. Ele alega que se mudou para Madri, na Espanha, após ser vítima de extorsão e perseguição por membros-chave da Lava Jato.
O advogado diz que o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, posteriormente eleitos para o Congresso, agiram contra a lei. O ex-juiz teria pedido US$ 5 milhões, por meio de intermediadores, para evitar a prisão e viabilizar um acordo de delação premiada. O ex-procurador teria usado instrumentos ilegais para persegui-lo.
O senador Sergio Moro (União) e o deputado Deltan Dallagnol (Podemos) reagiram e afirmaram que Tacla Duran é um “mentiroso compulsivo”.
Rodrigo Tacla Duran é aguardado nesta sexta-feira (14) para prestar depoimento novamente ao juiz Eduardo Appio, da 13.º Vara Federal de Curitiba, atual responsável pelos processos relacionados à Lava Jato.
No entanto, com a nova ordem de prisão restabelecida pelo desembargador Marcelo Malucelli, a volta do advogado ao Brasil é considerada incerta.
