Curitiba terá prevenção à depressão e suicídio nas escolas
Uma das principais causas relacionadas à automutilação e tentativas de suicídio nesta faixa etária é a violência – física ou sexual
Os vereadores de Curitiba aprovaram na sessão plenária desta quarta-feira (2), na Câmara Municipal, a criação do Programa de Valorização da Vida.
O projeto de lei foi aprovado em primeiro turno com 30 votos favoráveis. O texto volta ao plenário para segunda votação na próxima segunda-feira (7).
Pelas diretrizes do programa, as escolas da rede municipal de ensino devem implementar estratégias de prevenção à depressão, à automutilação e ao suicídio.
A justificativa do projeto destaca que a depressão infantil é um problema cada vez mais sério no Brasil.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), na última década a incidência da doença entre crianças de 6 a 12 anos saltou de 4,5% para 8%.
Uma das principais causas relacionadas à automutilação e tentativas de suicídio nesta faixa etária é a violência – física ou sexual.
Durante a pandemia da covid-19, com medidas de isolamento social, o quadro se agravou.
O Hospital Pequeno Príncipe, maior complexo médico pediátrico da América Latina, registrou aumento de 173% nos casos de autoagressão em 2021.
Na outra ponta, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 apontou para o aumento em 8,2% no número de estupros cometidos no Brasil.
Ao tramitar na Câmara Municipal, o projeto de lei que cria o Programa de Valorização da Vida nas escolas públicas recebeu três emendas.
O texto substitutivo, portanto, volta ao plenário na semana que vem. Se ratificado pelos vereadores, o projeto segue para sanção do prefeito Rafael Greca (PSD).
O projeto prevê a instalação do programa imediatamente após a publicação em Diário Oficial.
