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Bolsonaro x Lula e embates com Padre; veja como foi o debate da Globo

Bolsonaro x Lula e embates com Padre; veja como foi o debate da Globo

Sete candidatos participaram do debate da Globo: Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Felipe D’Ávila (Novo), Lula (PT), Padre Kelmon (PTB), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).

Redação - sexta-feira, 30 de setembro de 2022 - 02:02

O debate da Rede Globo, realizado a três dias das Eleições 2022, com os sete principais candidatos à Presidência da República tinha a expectativa de um bom embate entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), os dois favoritos conforme as pesquisas eleitorais. Contudo, não foi somente a dupla que ganhou destaque ao longo do debate.

BOLSONARO x LULA

O primeiro momento de Lula foi responder ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT) sobre os quase 14 anos em que o PT esteve chefiando o governo. O petista defendeu a inclusão social e provocou o pedestista, afirmando que estava achando Ciro nervoso.

Depois disso, Bolsonaro fez a primeira tabela com o candidato Padre Kelmon (PTB). Os dois fizeram diversas críticas ao PT. Bolsonaro chamou Lula de “chefe de uma grande quadrilha”, o que originou uma série de pedidos de direito de resposta.

No fim do bloco, Lula obteve quatro revides contra dois de Bolsonaro. A ferramenta é avaliada por uma comissão, composta pela direção de jornalismo da Globo, e aprovada quando o candidato tiver a honra pessoal ofendida.

“Eu só esperava que em um debate entre pessoas que querem ser Presidente da República, o atual Presidente tivesse um mínimo de honestidade, um mínimo de seriedade. Ele falar que eu montei quadrilha? Com a quadrilha da rachadinha dele, que ele decretou sigilo de 100 anos, com a rachadinha da família, sabe, do Ministério da Educação, com barras de ouro? Ele falar de quadrilha comigo? Ele precisava se olhar no espelho e saber o que está acontecendo no governo dele. Ele saber o que foi a quadrilha da vacina!”, disse Lula.

Bolsonaro também respondeu em tom elevado:

“Mentiroso! Ex-presidiário! Traidor da Pátria! Que rachadinha? Rachadinha é teus filhos roubando milhões de empresas, após a tua chegada ao poder. Que CPI é essa? Da farsa? Que você vem defender aqui. O que achou a meu respeito? Nada! Que dinheiro de propina? Não teve propina, propina teve o seu Carlos Gabas, do Consórcio do Nordeste! Dos governadores amigos teus! Que foi descoberto em 50 milhões de reais, e nada foi apurado”, rebateu o atual presidente.

Assista:

Apesar do primeiro bloco quente, o presidente Jair Bolsonaro não quis direcionar perguntas a Lula em dois blocos posteriores. Ao invés do confronto direto, Bolsonaro preferiu seguir um bate-papo de amigo com o Padre Kelmon.

COADJUVANTES GANHAM ESPAÇO

Candidato do PTB devido à inelegibilidade de Roberto Jefferson, Padre Kelmon chamou a atenção por protagonizar discussões. 

Na maioria delas, ele foi repreendido pelo apresentador William Bonner por não seguir as regras do debate e falar durante o tempo do oponente. Também ficaram marcadas as cenas do candidato lendo as perguntas.

Um dos embates mais quentes foi contra Soraya (União Brasil), que chamou o candidato de “padre de festa junina” e “cabo eleitoral de Bolsonaro”. 

Além disso, Kelmon foi o único que irritou o ex-presidente Lula. O petista disse que o Padre era um “candidato laranja” e elevou o tom ao pedir que tivesse o tempo respeitado: “o senhor aprende a respeitar e fecha a boca quando alguém está falando”.

Neste momento, Bolsonaro pediu o direito de resposta. Contudo, a direção da Globo negou e Bonner explicou que o presidente nem havia sido citado durante a discussão.

TEBET FOGE DE TABELA COM BOLSONARO E CIRO FICA APAGADO

Enquanto Ciro Gomes não conseguiu deixar uma marca nos momentos em que apareceu, Simone Tebet se saiu bem ao fugir de uma tentativa de tabela com Jair Bolsonaro. 

Apesar disso, ela também foi firme diante Lula, principalmente sobre os gastos públicos e as privatizações de estatais.

Contudo, a candidata do MDB cometeu um deslize ao chamar Soraya de “Candidata Bolsona”. No mesmo instante, Tebet pediu desculpas pelo equívoco.

Por fim, quem acabou com menor relevância foi o candidato Ciro Gomes. Sem nenhum grande embate, o pedetista alfinetou Lula e Bolsonaro e perdeu mais uma chance de ter aumento no eleitorado. Apesar disso, o eventual segundo turno pode ser decidido justamente com os eleitores de Ciro. Segundo o Datafolha, o eleitorado não convicto do pedetista prefere Lula, com 38%, enquanto Bolsonaro tem 18%.

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