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Bolsonaro diz que espera pedido de vista no julgamento de inegibilidade do TSE

Bolsonaro diz que espera pedido de vista no julgamento de inegibilidade do TSE

Os ministros mais alinhados com Bolsonaro são Raul Araújo e Kassio Nunes Marques, que podem pedir vista e suspender o processo para maior tempo de análise

Vinicius Cordeiro - sexta-feira, 23 de junho de 2023 - 14:05

O ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (23) que espera um pedido de vista no julgamento que pode o tornar inelegível por oito anos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 

A sessão foi suspensa ontem e deve ser retomada com o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves, na próxima terça-feira (27).

“O primeiro a votar depois do relator é o ministro Raul [Araújo], conhecido por ser um jurista que tem bastante apego à lei, apesar de estar num tribunal político. Há possibilidade de pedir vista, é bom porque ajuda a gente a clarear os fatos”, afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha Atualidade.

Os ministros mais alinhados com Bolsonaro são Raul Araújo e Kassio Nunes Marques, que podem pedir vista e suspender o processo para maior tempo de análise. No entanto, o TSE define que a ação deve ser devolvida em até 60 dias.

Além da terça, o TSE também tem a quinta-feira (29) reservada para o julgamento. Em caso extraordinário, uma sessão pode ser convocada para quarta (28). 

A tendência é que o julgamento se estenda – o voto do relator, por exemplo, tem 400 páginas.

BOLSONARO DIZ QUE 8 DE JANEIRO CAIU SOBRE ELE

Na entrevista, Bolsonaro ainda afirmou que não houve tentativa de golpe de estado e defendeu que os manifestantes do dia 8 de janeiro, que invadiram os prédios dos Três Poderes, em Brasília, eram senhores de idade.

“Botaram na minha conta o 8 de janeiro. Que golpe é esse dado num domingo com cadeiras vazias? Não existe golpe sem as Forças Armadas ou grupos armados. Que golpe é esse que vai dar com senhorinhas e velhinhos com bandeira do Brasil nas costas e Bíblia embaixo do braço?”, completou.

Vale lembrar que o Congresso investiga os protestos do dia 8 de janeiro na CPI (Comissão de Inquérito Parlamentar). 

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