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Audiências públicas levam ao interior debate sobre privatização da Copel

Audiências públicas levam ao interior debate sobre privatização da Copel

Próximos encontros acontecem em Londrina, Cianorte e Guarapuava. Venda da Copel já foi assunto de audiências públicas em Curitiba, Francisco Beltrão e Cascavel

Redação - quinta-feira, 15 de junho de 2023 - 20:00

O município de Londrina, na região norte do Paraná, recebe neste sábado (17) uma audiência pública para debater a possibilidade de privatização da Copel (Companhia Paranaense de Energia). O evento é aberto para a participação da população, sindicatos e movimentos sociais.

O evento em Londrina será realizado na Câmara Municipal, a partir das 8h30. Na sequência, serão realizadas mais duas audiências públicas no interior do Paraná: em Cianorte, na região noroeste (24/06), e em Guarapuava, na região central (1°/07).

As discussões são promovidas pela Frente Parlamentar das Estatais e Empresas Públicas. Encontros semelhantes já foram realizados em Curitiba (04/04), Francisco Beltrão (01/06) e Cascavel (03/06).

O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Arilson Chiorato (PT), ressaltou a importância de realizar audiências públicas sobre a Copel por todo o Paraná. Ele afirma que o objetivo é informar a população e ouvir a opinião dos cidadão sobre a possibilidade de privatização.

“A Copel está para o Paraná, em termos de grandeza, como a Petrobras está para o Brasil. Ela é valiosa e tem uma função social para o estado. Não podemos deixar que ela seja privatizada de uma forma rápida e sem discussão com a sociedade”, alega o deputado.

As reuniões organizadas pela Frente Parlamentar das Estatais e Empresas Públicas da Assembleia Legislativa do Paraná resultaram na criação de uma Frente Popular e Democrática em Defesa da Copel Pública, composta por partidos, sindicatos, movimentos sociais e entidades.

Os grupos se mobilizaram para ampliar o debate sobre a privatização e alguns questionamentos têm sido apontados no processo, tais como: “dados inconsistentes em balanço, contratação irregular de assessoria, ‘venda casada’ e assédio moral com os funcionários”.

Contrário à privatização, Arilson Chiorato tem denunciado a falta de transparência do processo que já é conduzido internamente pela empresa. Na opinião dele, a venda traria benefícios aos acionistas, enquanto os prejuízos são absorvidos pelos clientes.

“A Copel não precisa ser vendida, precisa ser cuidada e administrada por pessoas que pensem no bem-estar coletivo e no desenvolvimento econômico e social do estado”, concluiu o coordenador da Frente Parlamentar das Estatais.

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